
Não é todo dia que a gente vê uma parlamentar travar uma batalha praticamente sozinha, hein? Pois é. A cena que se desenrola nos corredores da Câmara dos Deputados parece saída de um roteiro de filme – mas é a pura realidade.
Maria do Rosário (PT-RS), uma veterana que já viu de tudo por lá, está numa empreitada que, francamente, mais parece enxugar gelo. Ela conseguiu, pasmem, que o Conselho de Ética abrisse um processo contra Carla Zambelli (PL-SP). O motivo? Aquele incidente absolutamente surreal com armas em plena via pública, que viralizou e chocou o país.
Mas aqui é que tá o pulo do gato – e que história triste, né? A petista praticamente não tem apoio. Nada. Zero. Seu próprio partido, o PT, parece preferir ficar de longe, com medo de criar um climão ainda maior com a bancada bolsonarista. Até a própria presidente do Conselho de Ética, deputada Mariana Carvalho (PSD-RO), deu uma de João-sem-braço e evitou tocar no assunto.
O jogo político por trás do pano é sujo, meu amigo. Enquanto isso, Zambelli – que não é boba nem nada – já começou a se mover. Ela contratou a mesma advogada que defendeu o ex-presidente Bolsonaro, Tânia Garcia. Uma jogada esperta, diga-se de passagem.
E sabe qual é a parte mais… irônica? O processo pode simplesmente morrer na praia. Ficar parado, engavetado, até o final do mandato. Aí, quando a legislatura acabar, puff – some tudo. Um verdadeiro ‘deixa disso’ institucionalizado.
Maria do Rosário, claro, não se cansa. Ela fala em ‘responsabilidade histórica’ e em ‘não compactuar com a violência’. Mas a pergunta que fica, e que todo mundo no Plenário evita responder, é: será que alguém realmente se importa? Ou será que a conveniência política falou mais alto – de novo?
O caso escancara, sem dó nem piedade, como as lealdades partidárias e os cálculos eleitorais frequentemente sobrepõem aquilo que deveria ser o básico: o compromisso com a decência e com as regras do jogo democrático.
Enquanto isso, a deputada do RS segue firme. Sozinha? Quase. Determinada? Com certeza. Resta saber se a sua luta vai ecoar além dos sussurros nos corredores do poder.