Anderson Torres pede absolvição ao STF e nega envolvimento em minuta de golpe — veja os detalhes
Anderson Torres pede absolvição ao STF por minuta de golpe

O ex-ministro da Justiça Anderson Torres — aquele mesmo que virou notícia nos últimos anos — está de volta aos holofotes, mas dessa vez com um pedido que deixou muita gente de sobrancelha em pé. Ele quer, nada mais nada menos, que o Supremo Tribunal Federal (STF) o absolva das acusações relacionadas a uma tal minuta de golpe. E olha que a defesa dele foi categórica: "nunca, em tempo algum, discutiu esse documento".

Parece roteiro de filme, mas é a pura realidade. Torres, que já foi secretário de Segurança do DF, jura de pés juntos que não teve participação na elaboração da tal minuta — um texto que, segundo a acusação, sugeria até intervenção federal. A defesa dele, aliás, caprichou nos argumentos: "Não há provas concretas", "tudo não passa de suposição" e por aí vai.

O que diz a defesa?

Os advogados de Torres soltaram um documento de 15 páginas cheio de firulas jurídicas. A tese principal? Que o ex-ministro era só mais um "peão no tabuleiro" e que, na verdade, quem mandava mesmo eram outros. Eles até citam mensagens e e-mails — ou melhor, a falta deles — para provar que Torres não tava nem aí para o assunto.

  • Nenhuma mensagem comprovando participação
  • Ausência de ordens diretas relacionadas ao caso
  • Documentos internos que não citam o nome dele

"Isso aqui tá mais furado que queijo suíço", disparou um dos advogados, em tom que misturava indignação com um pé de sarcasmo. E não é que ele tem um ponto? Até agora, o que se viu foram indícios — e indício, como se sabe, não é prova.

E o STF, como fica nisso?

O Supremo tá com a bola toda, como sempre. Enquanto uns ministros parecem convencidos da culpa, outros — pasmem — começam a coçar a barbicha com dúvidas. O relator do caso, diga-se de passagem, ainda não se manifestou. E no meio disso tudo, Torres fica aí, no limbo, esperando o veredito que pode mudar (ou não) sua vida.

Ah, e tem mais: os prazos processuais tão correndo, e se o STF não se decidir logo, essa história pode acabar prescrevendo. Será que vão deixar barato? A gente só sabe de uma coisa: no Brasil, quando o assunto é política, expectativa é o que não falta.