
Eis que a política brasileira nos surpreende mais uma vez — e não é de uma forma agradável, diga-se de passagem. A Polícia Federal, aquela que não costuma brincar em serviço, deu mais um passo firme numa investigação que tem dado o que falar. Desta vez, o alvo é um aliado do deputado Hugo Motta. Sim, aquele mesmo.
O Superior Tribunal de Justiça, sem rodeios, deu luz verde para uma operação de busca e apreensão. O local? Um apartamento funcional. Em Brasília, claro. Porque quando se fala em tramoias que cheiram a poder, a capital federal é sempre palco.
Os detalhes que importam
Não foi uma decisão tomada de qualquer jeito, viu? O ministro do STJ, felizmente pra justiça — e infelizmente pra alguns — analisou o pedido com lupa. E olha, os indícios eram fortes o suficiente para ele não pensar duas vezes. A autorização saiu. E a PF agiu rápido, como de costume.
O apartamento em questão não é um qualquer. Funcional, lembra? Ou seja, aquele que é disponibilizado a deputados e figuras ligadas ao poder. A ironia é pesada: um espaço que deveria ser usado para o trabalho honesto, agora virou cenário de uma investigação séria.
O que está por trás disso tudo?
Bom, as informações ainda são um tanto nebulosas — como quase sempre são no começo. Mas os ventos que correm por aí sugerem que a investigação pode ter ligações com esquemas que beiram o abuso de poder. Surpresa? Zero. A gente já até espera por essas coisas, mas não deixa de ser revoltante.
O deputado Hugo Motta, até onde se sabe, não é alvo direto — pelo menos por agora. Mas ter um aliado tão próximo na mira da PF não é exatamente um bom sinal, não é mesmo? É daqueles momentos em que você cruza os dedos e torce para não ter mais ninguém envolvido.
E a pergunta que fica, sempre: até onde vai isso? Quantos mais apartamentos funcionais, quantos gabinetes, quantos escritórios vão precisar ser revistados antes que a gente consiga limpar a casa? A operação segue em sigilo, mas é certo que os holofotes não vão se apagar tão cedo.
Enquanto isso, Brasília respira mais um capítulo de sua novela política. E o Brasil, cansado de sempre os mesmos roteiros, observa — entre a esperança e o ceticismo.