Eis que a polícia paulista finalmente conseguiu colocar nome e rosto nos autores do crime que parou a capital. Dois indivíduos – suas identidades ainda preservadas a sete chaves – são os principais suspeitos de terem ceifado a vida do ex-delegado-geral Ruy Ferraz Fontes. A revelação, francamente, traz um misto de alívio e revolta.
O que teria motivado um ataque tão brutal contra uma figura com passagem pelo topo da segurança pública? A pergunta ecoa nos corredores da delegacia e nos bares da cidade. As investigações, que pareciam emperradas, ganharam fôlego com a quebra de sigilos bancário, telefônico e telemático dos investigados. Detalhe crucial: a polícia garante que a dupla agiu sozinha – sem mandante à vista. Será?
Ruy Fontes, homem de carreira sólida e aposentado havia tempos, foi surpreendido com vários disparos na frente de sua casa, no tranquilo bairro do Morumbi. O silêncio daquela noite foi quebrado pelo barulho seco de tiros, um som que nenhum vizheiro espera ouvir. Ele ainda foi levado ao hospital, mas… não resistiu. O Brasil perdeu mais um.
Agora, o foco é total em apreender esses caras. A delegada Marília de Martini, encarregada do caso, não deu detalhes sobre as provas que os incriminam – o jogo de gato e rato com a defesa só está começando. Mas uma coisa é certa: a sensação de impunidade que pairava começa, apenas começa, a se dissipar.
O inesperado? A polícia nega qualquer ligação do crime com a operação Lava Jato, da qual Fontes participou. Descartada a hipótese de retaliação por aquele capítulo, o leque de possibilidades se abre – e a investigação mergulha fundo na vida pregressa do ex-delegado. Inimigos? Dívidas? Questões passionais? Tudo está sobre a mesa.
Uma coisa é clara: São Paulo não esquece. E a pressão por respostas só aumenta.
