
Não foi um dia qualquer para o sargento da Marinha — vamos chamá-lo de Carlos, por segurança. Tudo começou como mais uma rotina de operação no Rio, mas o destino pregou uma peça. Por volta das 10h da manhã, no bairro do Caju, zona portuária da cidade, um disparo ecoou no meio do burburinho urbano.
Era ele. O tiro veio de onde menos se esperava — um beco estreito, daqueles que até o GPS ignora. A bala pegou de raspão no braço direito, mas poderia ter sido pior. Muito pior.
O socorro veio rápido
Os colegas de farda não perderam tempo. Em questão de minutos, Carlos estava no Hospital Naval Marcílio Dias, onde recebeu os primeiros socorros. "Foi rápido, mas parecia uma eternidade", contou um dos militares que acompanhou o resgate, ainda com a voz embargada.
Por sorte — ou talvez treinamento —, o ferimento foi superficial. O sargento já recebeu alta, mas a marca vai ficar: tanto no braço quanto na memória.
E o autor do disparo?
Aí é que está o pulo do gato. Até agora, zero informações sobre quem atirou. A Marinha está com a língua presa — ou melhor, trabalhando em sigilo. Sabe como é né? Operação em andamento e essas coisas.
O que se sabe é que a operação faz parte daquelas ações de rotina para combater o crime na região portuária. Área quente, todo mundo sabe. Mas ninguém esperava que o perigo viesse de forma tão... aleatória.
Moradores da região ouvidos pela reportagem — que preferiram não se identificar, claro — contaram que ouviram os disparos, mas não viram nada. "Aqui é sempre assim, tiro todo dia, a gente nem liga mais", disse um deles, com um misto de resignação e revolta.
E agora?
Enquanto Carlos se recupera em casa, a investigação segue. A Marinha prometeu "medidas" — sempre essa palavra vaga, não é mesmo? — para evitar novos incidentes. Mas no Rio, todo mundo sabe: entre o prometido e o realizado, existe um abismo chamado realidade.
Uma coisa é certa: essa história vai dar pano pra manga. Aguardemos os próximos capítulos dessa novela carioca — que, infelizmente, parece não ter fim à vista.