
Numa tarde que parecia comum em Fortaleza, a rotina de uma farmácia no bairro Aldeota foi interrompida por um grupo armado — mas a história não terminou como os criminosos planejavam. A polícia, que já monitorava a região, agiu com precisão cirúrgica e transformou os bandidos em reféns do próprio fracasso.
O pulo do gato da PM
Por volta das 15h, quatro homens chegaram como furacão no estabelecimento, anunciando o assalto com vozes grossas e armas em riste. O que eles não sabiam? Dois carros da Ronda do Quarteirão já estavam a postos, camuflados no trânsito. "A gente vinha acompanhando movimentos suspeitos há duas horas", contou um sargento que preferiu não se identificar.
E então — pimba! — em menos de 3 minutos:
- Dois suspeitos caíram de joelhos ao ver os uniformes
- Um tentou fugir pela porta dos fundos e tropeçou nas próprias pernas
- O quarto, o "líder", ficou paralisado como estátua de sal
Cena de cinema (ou quase)
Um vídeo gravado por um cliente escondido atrás de uma prateleira mostra o ápice da ação: os policiais avançando como jogadores de xadrez, cada movimento calculado. "Parecia filme da Netflix, só que de verdade", riu o gerente da farmácia, ainda tremendo das pernas.
Entre os objetos apreendidos:
- Duas pistolas 9mm (uma delas roubada)
- R$ 327 em notas marcadas
- Um celular com mensagens comprometedoras
- Uma motocicleta com documento adulterado
Detalhe curioso: um dos detidos já tinha passagem por roubo a farmácias em 2023. "Voltou pra cena do crime literalmente", ironizou um delegado durante a coletiva.
E agora, José?
Os quatro — todos com idades entre 19 e 34 anos — foram levados para o 12° DP. Eles responderão por:
- Roubo majorado
- Porte ilegal de arma
- Associação criminosa
- Resistência (aquele que tropeçou tentou empurrar um PM)
A Secretaria de Segurança divulgou nota elogiando a "ação preventiva" — embora alguns moradores reclamem que a delegacia mais próxima fica a 8km dali. "Tivemos sorte hoje", admitiu um policial, enquanto ajustava o colete à prova de balas.