"Foi por pouco!" — PM sobrevive a tiro no pescoço e ganha nova data de aniversário após abordagem tensa em Paraisópolis
PM sobrevive a tiro no pescoço e ganha novo aniversário

Imagine acordar num dia comum, vestir a farda e quase não voltar pra casa. Foi assim pra um PM de São Paulo que, durante uma abordagem de rotina em Paraisópolis — aquela comunidade gigante da Zona Sul — levou um tiro que passou raspando pela jugular. "Parecia cena de filme", conta ele, ainda assustado.

O negócio foi rápido: a equipe fazia ronda perto das vielas quando um suspeito sacou a arma. Disparo certeiro. Sangue pra todo lado. Mas o cara, sortudo pra caramba, sobreviveu pra contar — e ainda arrumou um "aniversário extra".

"A bala passou a dois dedos da artéria"

Os médicos do Hospital onde ele foi socorrido não acreditavam. "Se tivesse desviado um milímetro...", diz um dos cirurgiões, fazendo aquela cara de quem viu coisa. O projétil dançou entre músculos e veias, mas deixou o essencial intacto. Sorte? Destino? O próprio policial ri: "Deus deve ter marcado 'não hoje' no meu aplicativo celestial".

E olha que a recuperação foi puxada — fisioterapia, exames, noites em claro com dor. Mas o que mais pegou mesmo foi o psicológico. "Você fica revivendo cada segundo", admite, esfregando as mãos como se ainda sentisse o calor da arma.

Dois aniversários e uma lição

Agora ele comemora duas datas: a do nascimento e a da "segunda chance" — 12 de agosto, dia do incidente. "Minha mulher até brinca que vou gastar o dobro com presente", ri, mostrando a cicatriz que virou "troféu de guerra".

E a moral da história? "Nenhuma", dispara. "Só que a vida é um sopro — um dia você tá tomando café, no seguinte tá aprendendo a virar o pescoço de novo." Filosofia de quem escapou por um triz.

Ah! E o meliante? Fugiu, claro. Mas o PM já avisou: "Quando achar, vou convidar pro meu 'aniversário de quase-morte'". Piada de quem sabe que rir, às vezes, é o melhor remédio.