
O caso que está tirando o sono de muita gente em Belo Horizonte ganhou novos capítulos nesta semana. O marido de uma delegada — cujo nome a polícia prefere não divulgar por enquanto — foi ouvido pelos investigadores e, pasmem, negou qualquer participação no crime que matou um gari a tiros na capital mineira.
Segundo fontes próximas ao inquérito, o homem chegou à delegacia com ar de quem não tinha nada a ver com o assunto. "Foi categórico", disse um dos investigadores, que pediu para não ser identificado. "Mas a gente sabe como é: entre o que se diz e o que as provas mostram, sempre tem uma distância considerável."
O que se sabe até agora
Naquela tarde, tudo parecia mais um dia normal — até que os tiros ecoaram. O trabalhador, que varria as ruas como fazia há anos, caiu no chão sem vida. Testemunhas? Várias. Mas detalhes concretos? Poucos. Aquele tipo de situação onde todo mundo vê, mas ninguém viu direito.
O suspeito, que tem ligação com o aparato policial através do casamento, alega estar em outro lugar na hora do crime. Só que — e aqui vem o pulo do gato — as câmeras de segurança da região podem contar uma história diferente. A polícia está analisando as imagens com lupa.
Os bastidores do depoimento
Dizem que o clima durante o interrogatório estava mais tenso que final de campeonato. O sujeito, acostumado com o mundo jurídico por tabela, sabia exatamente como se portar. Respondia com precisão cirúrgica, evitando armadilhas. Mas os investigadores, velhos lobos nesse ofício, não baixaram a guarda.
"Tem coisa que não fecha", comentou um dos delegados envolvidos no caso, enquanto tomava seu café amargo — do tipo que só quem trabalha nesse meio conhece. "Quando a história é verdadeira, os detalhes se encaixam como peças de Lego. Quando é inventada... bem, aí sempre sobra alguma ponta solta."
Enquanto isso, a família do gari — um cara simples, que saía de casa antes do sol nascer para ganhar o pão de cada dia — espera por justiça. "Ele era trabalhador, honesto", diz a irmã, com voz embargada. "Ninguém merece partir assim, como se fosse lixo na sarjeta."