
Imagine a cena: uma noite comum, silêncio quebrado apenas pelo zumbido do ventilador. De repente, o barulho de vidros quebrando. Gritos. O terror chegou sem avisar.
Foi assim que uma família em Mato Grosso viu sua rotina virar de cabeça para baixo. Dois homens armados — segundo relatos, encapuzados e com voz grossa — invadiram a residência por volta das 22h. Não pediram, tomaram. Tomaram a paz, a segurança, o direito de dormir sem medo.
Os minutos que pareceram horas
"Eles chegaram gritando, dizendo que iam matar se a gente olhasse nos olhos", contou um dos reféns (que preferiu não se identificar, claro). A esposa tremia tanto que mal conseguia segurar o celular quando os bandidos exigiram seus pertences.
- Relógios? Levados.
- Joias? Sumiram.
- Até o notebook das crianças — aquele cheio de trabalhos escolares — virou troféu de bandido.
E sabe o pior? Os criminosos pareciam estar se divertindo. Riam enquanto reviravam gavetas, como se aquilo fosse um reality show macabro.
A farsa do "só queremos o dinheiro"
Ah, a velha desculpa. Prometeram não machucar ninguém, mas quem acredita? Cada segundo era um teste de resistência psicológica. A filha mais nova, de apenas 12 anos, chegou a desmaiar de tanto chorar.
Quando finalmente foram embora — não sem antes dar um ultimato para a família não chamar a polícia — deixaram para trás mais do que portas quebradas. Deixaram marcas invisíveis que nenhum seguro cobre.
E a polícia?
Boa pergunta. Chegaram 40 minutos depois do telefonema desesperado. Quarenta minutos! Tempo suficiente para assaltantes cruzarem meia cidade — ou, como se descobriu depois, sumirem num carro sem placa.
O delegado responsável pelo caso já soltou aquele discurso padrão: "Estamos fazendo diligências". Enquanto isso, os vizinhos começam a instalar cercas elétricas. Medo gera negócios, não é mesmo?
Uma vizinha, Dona Marta (aquela que sempre sabe de tudo), comentou entre dentes: "Aqui tá virando terra sem lei". Difícil discordar.