
O clima pesado no Departamento de Polícia Penal de Minas Gerais não é à toa. Na tarde desta terça-feira (5), dois agentes — parceiros de trabalho do colega brutalmente assassinado dentro do Hospital da Polícia Militar em Belo Horizonte — compareceram à Corregedoria para prestar esclarecimentos. E não, não foi um "bate-papo informal".
O caso, que já vinha tirando o sono de muita gente, ganhou novos contornos. Segundo fontes próximas ao inquérito, os depoimentos duraram horas. Detalhes? Ah, esses ainda estão sob sete chaves — a Polícia Civil, como sempre, joga com cartas marcadas.
O que se sabe até agora:
- O crime ocorreu na última sexta-feira (1º), dentro do hospital. Sim, um local que deveria ser seguro.
- A vítima, um agente penal com anos de serviço, foi surpreendida por um ataque violento. Nada de roubo, nada de briga — pura execução.
- Os dois colegas que depuseram hoje eram próximos da vítima. Nada indica envolvimento, mas... bem, você sabe como é: em casos assim, todo mundo vira suspeito até provar o contrário.
Curiosamente (ou não), os agentes chegaram separadamente à Corregedoria. Um deles, visivelmente abalado, evitou contato com a imprensa. O outro — vamos chamá-lo de "experiente" — limitou-se a um seco "estamos colaborando".
E os motivos?
Aqui entra o que eu chamo de "zona cinzenta". Oficialmente, a polícia investiga todas as linhas: desde questões internas até possíveis retaliações por operações recentes. Mas entre nós? Alguém aí acredita em coincidência?
Enquanto isso, o sindicato da categoria soltou uma nota cheia daquelas frases de praxe — "repúdio", "exigimos apuração", você conhece o script. Mas nas redes, os colegas de farda são menos diplomáticos: "Isso aqui tá virando terra sem lei", disparou um anônimo em grupo de WhatsApp.
O que me deixa pensativo: num país onde até hospital virou palco de crime, será que algum lugar ainda é seguro para quem veste uniforme?