
A madrugada desta sextinta-feira, 27, amanheceu com um pesadelo em Juruti. A rotina pacata da cidade foi violentamente interrompida por uma descoberta macabra. Lá estavam eles: dois homens, sem vida, dentro de um carro prata – um cenário que mais parece roteiro de filme policial, mas era dolorosamente real.
Por volta das 5h30, quem passava pela Rua São Sebastião, no bairro Santa Luzia, mal podia acreditar no que via. O veículo, um Hyundai HB20, estava estacionado, aparentemente normal. Aproximando-se, no entanto, a verdade surgiu – sinistra e incontestável. Os corpos já estavam em estado de rigor mortis, um detalhe mórbido que indica que a tragédia aconteceu horas antes.
As Vítimas e o Mistério
Quem eram esses homens? A polícia trabalha para responder. Um deles foi identificado como Raimundo Nonato da Silva Ferreira, de 46 anos. Era o motorista, a pessoa que ganhava a vida nas ruas, dirigindo para um aplicativo. O outro, ainda não nomeado oficialmente, era jovem – talvez uns 20 e poucos anos. A principal linha é que ele seria um passageiro. Mas o que teria levado a essa viagem fatal?
Nenhum sinal de arma de fogo foi encontrado no local. Isso joga a investigação para um campo de especulações mais complexas. Um crime passional? Uma dívida não saldada? Ou algo ainda mais obscuro? A falta de testemunhas imediatas transforma a Rua São Sebastião num palco de perguntas sem respostas.
A Cena do Crime e a Reação
O isolamento do local foi rápido. A Polícia Militar chegou, cordou a área, e o mistério começou a ser desvendado – ou, pelo menos, examinado. Peritos do Instituto de Criminalística se debruçaram sobre cada centímetro do carro, à caça de impressões digitais, fibras, qualquer pista que pudesse contar a história daquela última viagem.
Os corpos seguiram para o Instituto Médico Legal (IML) de Santarém. Lá, os legistas vão tentar decifrar a causa exata das mortes. É uma peça fundamental desse quebra-cabeça sombrio.
O que se sabe, até agora, é muito pouco. A delegada Titular da Delegacia de Homicídios de Santarém já está à frente do caso, que promete mobilizar esforços. A sensação na cidade é de incredulidade. Crimes dessa natureza não são comuns em Juruti. O medo, naturalmente, começa a pairar. Quem pede um carro por aplicativo está seguro? E os motoristas, estão protegidos?
Enquanto a polícia corre contra o tempo, a comunidade fica com o coração na mão, esperando por justiça – e por respostas que expliquem o inexplicável.