Parece que a paz das ruas de Curitiba foi quebrada por uma daquelas confusões de trânsito que começam com pouco e terminam na delegacia. E o protagonista dessa história é ninguém menos que um ex-vereador da cidade, que resolveu levar suas queixas até as autoridades.
A coisa toda aconteceu na última sexta-feira, por volta das 17h — aquela hora do rush onde todo mundo está com pressa e a paciência parece ter acabado. O ex-político, que prefere não ter seu nome estampado nos jornais, estava dirigindo seu carro pela Rua Mateus Leme, no Centro, quando o destino — ou o azar — cruzou seu caminho com um casal de ciclistas.
O que teria acontecido?
Segundo o relato do ex-vereador à polícia, a confusão começou com uma ultrapassagem. Ele alega que o casal, pedalando lado a lado, teria ocupado mais espaço na via do que o necessário. Coisa comum nas ruas, mas que nesse dia escalou para algo bem mais sério.
O que me faz pensar: quantas dessas pequenas tensões do dia a dia poderiam ser resolvidas com um simples "desculpe" ou com cada um seguindo seu caminho? Mas não foi isso que aconteceu aqui.
O ex-vereador conta que, ao ser ultrapassado, um dos ciclistas — o homem — teria partido para a agressão verbal. E não foram ofensas qualqueras. Ele relata ter sido chamado de "filho da puta" e ameaçado de morte. Grave, muito grave.
A versão que ficou registrada
No boletim de ocorrência, lavrado no 1º DP de Curitiba, o ex-político foi bastante específico nas acusações. Ele não apenas relatou as ofensas e ameaças, como identificou perfeitamente os envolvidos: um casal aparentando ter entre 25 e 30 anos, usando roupas de ciclismo — ela com uma blusa rosa, ele com camiseta azul.
Detalhes que mostram como o incidente marcou sua memória. Quem nunca saiu de uma situação tensa lembrando de cada mínimo detalhe?
Agora a bola está com a Polícia Civil, que vai analisar o caso e decidir os próximos passos. Será que vamos ter novas versões dessa história? O casal de ciclistas vai se manifestar? São perguntas que ainda ecoam no ar.
O que fica claro é que, independente de ser ex-vereador ou cidadão comum, ninguém deveria ter que lidar com ameaças no trânsito. Mas também serve de alerta: no calor do momento, às vezes dizemos coisas das quais nos arrependemos depois. Ou pior — que podem nos levar à delegacia.
Enquanto isso, nas ruas de Curitiba, ciclistas e motoristas seguem compartilhando o mesmo espaço. Esperemos que com mais cuidado — e civilidade — da próxima vez.
