Usina de Santa Bárbara d'Oeste no centro de esquema bilionário com suspeitas de ligação com PCC
Usina investigada em esquema bilionário com PCC

Era supostamente um negócio redondo – açúcar, álcool e muito, muito dinheiro circulando. Mas a Polícia Civil de Piracicaba acabou descobrindo que algo estava podre no reino do etanol. E não era só o cheiro da cana.

Uma usina em Santa Bárbara d'Oeste, a Açúcar e Álcool Santa Bárbara, virou alvo de uma investigação que parece saída de roteiro de filme. A operação 'Bread of Sugar' (Pão de Açúcar, em inglês – criativa, não?) desmontou um esquema que movimentou nada menos que R$ 2,5 bilhões. Sim, bilhões com B.

E o pior de tudo: as investigações apontam que o Primeiro Comando da Capital (PCC) estaria com os dedos nesse melaço todo. A facção criminosa, que já dominou presídios e o tráfico, agora estaria metida até o pescoço no agronegócio.

Como funcionava a maracutaia?

Pela descrição dos investigadores, era uma teia complexa de empresas de fachada – aquelas que existem só no papel, sabe? Essas empresas fantasmas emitiam notas fiscais frias para a usina, que por sua vez repassava os créditos para outras companhias do grupo. Um verdadeiro labirinto contábil criado para burlar o fisco e lavar dinheiro.

Os policiais apreenderam uma montanha de documentos durante as buscas. Computadores, celulares, contratos – tudo que possa ajudar a desvendar até onde ia essa teia de aranha financeira.

O dono da usina, um empresário de 62 anos, já tinha até passagem pela polícia por sonegação fiscal. Parece que velhos hábitos realmente custam a morrer.

O elo mais sombrio

Aqui é onde a história fica realmente pesada. As investigações não apenas rastrearam o dinheiro, mas também as ligações telefônicas. E adivinhem? Foram identificadas comunicações entre investigados e… integrantes do PCC. Não é brincadeira.

Isso levanta uma questão alarmante: até que ponto o crime organizado está infiltrando setores legítimos da economia? Do tráfico de drogas para o comércio de açúcar – parece que o crime não tem mais fronteiras.

O caso agora está nas mãos da Justiça, que vai determinar se essas provas todas se sustentam. Enquanto isso, a usina continua funcionando – mas sob os holofotes da mais intensa investigação de sua história.

Uma coisa é certa: o caso escancara como o crime organizado brasileiro vem diversificando seus negócios. E isso, meus amigos, é assustadoramente genial e perigoso ao mesmo tempo.