
O caso que abalou o país ganha um novo capítulo — e dessa vez com um desfecho que pode mudar tudo. Rúben Villar, acusado de ser o mandante do assassinato do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips, foi formalmente denunciado e virou réu. A decisão judicial, que saiu nesta segunda-feira (22), coloca um ponto final (ou seria de interrogação?) em meses de especulações.
Pra quem não lembra — ou tentou esquecer —, o crime aconteceu em plena selva amazônica, no meio daquela névoa de incertezas que sempre envolve os conflitos por terra na região. Pereira, um expert em povos isolados, e Phillips, repórter veterano, sumiram sem deixar rastro durante uma viagem de barco pelo Vale do Javari. Dias depois, os corpos apareceram — e o Brasil inteiro sentiu um calafrio.
O que diz a acusação?
Segundo o Ministério Público, Villar não só sabia do plano como deu a ordem direta pra eliminar as duas vítimas. Motivo? Eles estavam muito perto de expor uma rede de pesca ilegal que, suspeita-se, envolve até políticos da região. Coisa séria, do tipo que mexe com poderosos.
Detalhe macabro: as investigações mostram que os assassinos usaram técnicas de ocultação de cadáveres que parecem saídas de filme de terror. "Foi um crime encomendado com requintes de crueldade", comentou um delegado que pediu pra não ser identificado — medo, né?
E agora?
A defesa de Villar, claro, nega tudo. Diz que é "mais uma farsa pra criminalizar quem trabalha na região". Mas os promotores têm um trunfo: gravações e mensagens que, segundo eles, provam o envolvimento direto do acusado.
Enquanto isso, nas aldeias indígenas da Amazônia, a notícia foi recebida com um misto de alívio e descrença. "A gente sabe que isso não acaba aqui", me disse uma liderança que conhecia Bruno pessoalmente. "Mas pelo menos é um passo."
O julgamento promete ser um daqueles casos que viram termômetro pra como o Brasil lida com a violência contra ambientalistas — um ranking triste onde somos campeões mundiais. Fiquem de olho.