Operação desmantela quadrilha que aterrorizava o Rio roubando transformadores de energia
Quadrilha do transformador: 11 presos no Rio

Era uma quadrilha que deixava o Rio literalmente no escuro. Onze pessoas foram presas nesta sexta-feira, acusadas de um crime que parece saído de um roteiro de filme — mas com consequências bem reais para milhares de cariocas.

O esquema? Furtar transformadores de energia elétrica, aqueles equipamentos pesados que parecem indestrutíveis. Pois é, mas essa turma descobriu como desmontar o que ninguém imaginava que pudesse ser roubado.

Prejuízo que chega a R$ 5 milhões

Mais de cinquenta transformadores sumiram nos últimos dois anos. Sabe o que isso significa em cifras? Algo em torno de R$ 5 milhões em prejuízos — e isso é só o valor dos equipamentos, sem contar os estragos causados pelos apagões.

As comunidades eram as mais afetadas, claro. Enquanto os ladrões vendiam o cobre dos transformadores por alguns milhares, bairros inteiros ficavam às escuras, com comércios parados e geladeiras desligadas.

Modus operandi sofisticado

Eles não eram amadores, longe disso. A quadrilha tinha uma organização que impressionaria qualquer chefe de empresa:

  • Usavam caminhões e guindastes — nada de carrinhos de mão
  • Agiam sempre à noite, é claro, mas com uma audácia incrível
  • Tinham compradores já esperando pelo material roubado
  • Faziam tudo rápido, antes que a polícia pudesse chegar

Parece mentira, mas é pura realidade. Esses caras transformaram o roubo de equipamentos pesados em uma arte — uma arte criminosa, mas ainda assim impressionante em sua ousadia.

Operação foi batizada de 'Ohm'

A polícia, é claro, não ficou parada. A operação que prendeu os suspeitos tem um nome que faz todo sentido para quem entende de eletricidade: 'Operação Ohm'.

Onze mandados de prisão foram cumpridos, além de vinte e três de busca e apreensão. A ação aconteceu em vários pontos do Rio — Madureira, Campo Grande, Santa Cruz — mostrando que a quadrilha tinha tentáculos por toda a cidade.

Os investigadores trabalharam durante meses, seguindo o rastro de cobre e os fios soltos que a quadrilha deixava para trás. E olha, deu certo.

O que diz a Light

A Light, que sofreu diretamente com os roubos, comemorou a ação policial. Em nota, a empresa disse que os furtos de transformadores são um problema crônico — e caríssimo. Cada equipamento desses custa uma pequena fortuna, e o pior é o transtorno para a população.

É aquela velha história: o crime não compensa, mas enquanto isso, quem paga a conta somos todos nós, através de serviços mais caros e comunidades inteiras no escuro.

Agora, com os presos na cadeia, pelo menos por enquanto, o Rio pode respirar aliviado. Mas será que é o fim dessa história? Só o tempo — e a vigilância constante — poderão dizer.