Era um esquema tão bem armado que parecia saído de um roteiro de cinema — mas a realidade, como sempre, superou a ficção. Uma quadrilha que vinha aterrorizando moradores de condomínios de alto padrão na capital paulista finalmente caiu na rede da polícia.
Nesta quarta-feira, a Polícia Civil deflagrou uma operação que colocou fim à farra criminosa. Seis pessoas foram presas, e outras quatro estão sendo investigadas. O modus operandi? Invadir as residências como se fossem entregadores ou prestadores de serviço — uma tática que, infelizmente, vinha dando certo.
O golpe do "falso funcionário"
Você já imaginou abrir o portão para quem parece ser um técnico de ar-condicionado e se deparar com um assaltante armado? Pois é exatamente isso que acontecia. Os criminosos — alguns até uniformizados — usavam dessa artimanha para ganhar a confiança dos porteiros. Uma vez dentro, agiam rápido: rendiam os moradores e limpavam o lugar.
"Eles estudavam os condomínios, sabiam os horários de movimento, conheciam até os protocolos de segurança", revelou um delegado envolvido nas investigações. Detalhe sinistro: em alguns casos, ficavam horas dentro das casas, esperando os moradores chegarem.
Os números que assustam
- Mais de 20 roubos somente nos últimos 3 meses
- Prejuízo estimado em R$ 5 milhões
- Áreas nobres como Morumbi, Jardins e Alphaville no alvo
O que chama atenção é a sofisticação do esquema. Não eram amadores agindo por impulso, mas profissionais do crime que faziam verdadeiro "trabalho de inteligência" antes de cada ação. E olha que a polícia descobriu até um "manual do assaltante perfeito" com anotações detalhadas sobre os locais.
Como a quadrilha foi derrubada
Tudo começou a desmoronar quando um dos roubos deu errado — como diz o ditado, até relógio parado acerta duas vezes por dia. Um morador conseguiu acionar o alarme silencioso, e as câmeras captaram imagens nítidas dos bandidos. Foi o suficiente para a polícia cruzar dados e montar o quebra-cabeça.
Nas buscas, foram apreendidos:
- Armas de fogo, incluindo uma submetralhadora
- Diversos aparelhos celulares de luxo
- Roupas usadas nos crimes (sim, tinham até figurino)
- Anotações detalhadas sobre possíveis alvos
Pra completar, descobriram que parte do butim era escondido em... um cemitério. Sim, você leu certo. Os investigadores acreditam que usavam túmulos de familiares para estocar itens roubados — macabro, não?
O recado da polícia
"Essa prisão manda um aviso claro: São Paulo não está de braços abertos para esse tipo de crime", afirmou o secretário de Segurança Pública. Mas ele mesmo admite: os condomínios precisam reforçar seus protocolos. Afinal, quando o assunto é segurança, nunca dá pra baixar a guarda.
E aí, o que você acha? Será que essa vitória da polícia vai frear outros grupos criminosos ou estamos diante de um problema maior? Uma coisa é certa: nos condomínios de luxo da cidade, o alívio hoje é palpável.
