
Eis que o cenário político brasileiro enfrenta mais um terremoto — e dessa vez as asas do poder alcançaram altitudes suspeitas. Num depoimento que deixou investigadores de cabelo em pé, um piloto confessou à Polícia Federal que aeronaves vinculadas a Antonio Rueda, presidente nacional do União Brasil, eram usadas pelo Primeiro Comando da Capital.
Sim, você leu certo. O mesmo político que discursa sobre lei e ordem agora respira a mesma atmosfera que integrantes de uma das facções criminosas mais temidas do país.
O piloto — cujo nome ainda permanece sob sigilo — não economizou detalhes. Disse que pelo menos duas aeronaves de propriedade do empresário e agora político foram utilizadas em operações logísticas do PCC. Uma delas, um modelo Cessna 210, decolava com frequência suspeita de aeródromos particulares no interior de São Paulo.
As conexões que ninguém quer ver
Rueda, que também é dono de uma rede de postos de combustível, sempre negou qualquer tipo de envolvimento com atividades ilícitas. Mas agora, a palavra de um profissional dos ares coloca sua narrativa em queda livre.
Não é de hoje que a PF monitora o fluxo aéreo suspeito nas rotas usadas pelo crime organizado. Só que dessa vez, a pista levou diretamente ao hangar de uma figura com assento no plenário.
O que me pergunto é: até quando vamos aceitar que o jogo político e o crime dancem tão próximos? O piloto afirmou, categoricamente, que sabia para quem trabalhava. E pior: que ordens partiam de pessoas muito próximas a Rueda.
O silêncio que grita
Até o momento, o União Brasil não se manifestou oficialmente. Rueda também mantém silêncio — o que, convenhamos, não é exatamente um sinal de tranquilidade.
Fontes próximas ao partido dizem que há "espanto" e "indignação" com as acusações. Mas será mesmo? Ou será mais um capítulo na longa novela de poder, dinheiro e impunidade?
O que sabemos é que a PF levou o depoimento a sério o suficiente para incluir as informações no inquérito que investiga a expansão nacional do PCC. E isso, amigos, não é pouco.
Enquanto isso, nos corredores do Congresso, o assunto é sussurrado — mas não discutido abertamente. Parece que alguns temas são quentes demais até para políticos experientes.
Resta saber se essa história vai decolar de vez — ou se será mais um caso que desaparece nas nuvens da impunidade.