Presidente do União Brasil, Antonio Rueda, é acusado de ser dono de aeronaves usadas pelo PCC em operações criminosas
Presidente do União Brasil dono de aviões do PCC, diz PF

Eis que surge mais um capítulo surreal na política brasileira – daqueles que parecem roteiro de filme, mas são dolorosamente reais. Antonio Rueda, presidente nacional do União Brasil, está no centro de uma tempestade que mistura política, crime organizado e… aviões.

A Polícia Federal, numa daquelas operações que parecem saídas de um thriller policial, identificou duas aeronaves supostamente pertencentes a Rueda que teriam sido usadas pelo Primeiro Comando da Capital. Sim, você leu direito: o mesmo PCC que domina o crime organizado no país.

Os detalhes que assustam

As investigações – minuciosas, diga-se – apontam que os aviões transportaram nada menos que 450 quilos de cocaína pura. Mas não parou por aí. As aeronaves também serviram como táxi aéreo para integrantes da facção, incluindo um personagem conhecido como "Pimenta", que não é tempero, mas um dos chefes do tráfico.

O que mais choca nessa história toda? A naturalidade com que essas operações aconteciam. Os aviões, um Cessna 210 e um Piper PA-46, não faziam voos comerciais normais – estavam a serviço do crime, com escala na política.

As conexões perigosas

Rueda, que também é deputado federal por São Paulo, nega tudo com unhas e dentes. Afirma que vendeu os aviões há tempos e que não tem nada a ver com essa bagunça toda. Mas a PF encontrou documentos que contam outra história – papéis que mostram que as aeronaves ainda estariam em seu nome quando usadas pelo PCC.

Não é de hoje que o nome de Rueda circula em investigações. Em 2023, o Ministério Público já apontava seu envolvimento com organizações criminosas. Agora, a coisa ficou mais séria – e mais alta, literalmente.

O que isso significa?

Imagine só: um dos principais partidos do país, com representação em tudo quanto é canto, tendo seu presidente acusado de fornecer transporte para o maior grupo criminoso do Brasil. É de arrepiar, não é?

A operação "Nefasto" – nome mais que apropriado, diga-se – não pegou Rueda de surpresa. Ele sabia que a PF batia à porta, mas deve ter imaginado que seria por motivos menos… aéreos.

Enquanto isso, o União Brasil tenta controlar os danos. Como um partido sobrevive a um escândalo desses? Difícil dizer, mas a conta política promete ser salgada.

Resta saber se essa história vai decolar de vez ou se vai cair no esquecimento, como tantas outras que abalaram – momentaneamente – a política brasileira. Uma coisa é certa: o Brasil não precisa de mais essas novelas.