Numa daquelas reviravoltas que parecem saídas de um roteiro de filme policial, a Polícia Civil de Goiás esbarrou em algo bem mais pesado do que esperava durante uma rotina de investigação. E olha que eles já tinham visto de tudo...
Nesta quinta-feira (15), em Aparecida de Goiânia, uma casa comum — daquelas que passam despercebidas no bairro Jardim Olímpico — escondia um segredo perigoso: uma linha de montagem artesanal de munição. Sim, você leu certo. Cartuchos sendo fabricados como se fossem bolinhos de chuva numa cozinha de vó.
Operação surpresa
Por volta das 10h da manhã, os policiais chegaram com um mandado de busca. Acharam:
- Mais de 1.200 cartuchos prontos (de vários calibres, inclusive os temidos .40 e .380)
- Matéria-prima pra produzir outros tantos — espoletas, pólvora, cápsulas
- Equipamentos caseiros de recarga (improvisados, mas funcionais)
Dois homens, de 28 e 30 anos, tentaram inventar desculpas esfarrapadas quando foram pegos com as mãos na massa. Literalmente. Agora, respondem por fabricação irregular de munição — crime que pode render até 4 anos de cadeia.
O que mais chamou atenção?
Os investigadores ficaram impressionados com a organização do esquema. Não era amadorismo: tinha até controle de qualidade. Alguns cartuchos já estavam embalados em saquinhos plásticos, prontos pra "entregas".
"Isso aqui não era pra suprir caçador ou atirador esportivo", comentou um delegado, sob condição de anonimato. "A quantidade e a variedade sugerem clientela específica — e a gente sabe quem costuma comprar esse tipo de produto no mercado negro."
Moradores da região disseram à reportagem que nunca desconfiaram. "Só via carros entrando e saindo à noite, mas pensei que fosse oficina mecânica", contou uma vizinha, ainda assustada.
A polícia segue investigando:
- De onde vinham os insumos
- Pra onde iam as munições prontas
- Possíveis ligações com facções criminosas
Enquanto isso, os detidos já começaram a delatar o esquema. Parece que essa história ainda vai dar muito pano pra manga...
