
Não foi dessa vez que o esquema escapou. A polícia botou os pés no chão — e no pescoço — de uma organização que transformava o Distrito Federal em ponto final de uma rota sinistra: drogas compradas a preço de banana no Mato Grosso do Sul e no Rio de Janeiro, revendidas a peso de ouro por aqui.
Parece roteiro de filme, mas era pura realidade. Cinco indivíduos (que agora trocaram o 'trabalho' pelo xadrez) montaram um serviço de entrega nada delivery: encomendas ilícitas, sem nota fiscal e com alto poder de destruição.
Como a quadrilha operava?
- Comprava grandes quantidades nos estados fornecedores (MS e RJ) — quem diria que esses lugares exportariam mais que carne e praias?
- Transportava a 'mercadoria' escondida em veículos adaptados (a criatividade do crime impressiona, mas dura pouco)
- Distribuía no DF através de uma rede de pequenos traficantes, aqueles que infestam as esquinas
A operação que derrubou o esquema teve nome de guerra — mas prefiro não citar aqui, esses caras não merecem nem a publicidade. Bastou uma investigação paciente (aquela que não aparece em série de TV) para desmontar o quebra-cabeça.
'Eles agiam como um supermercado do crime', disse um delegado que pediu para não ser identificado. Imagina só: prateleiras abastecidas de destruição, sem promoção que valesse a pena.
O que apreenderam?
Números que assustam:
- 15 kg de maconha (o suficiente para encher um carrinho de supermercado)
- 2 kg de cocaína (em pó, mas longe de ser 'farinha' inofensiva)
- R$ 28 mil em dinheiro vivo (sujo, literalmente)
- 3 veículos usados no transporte (sem seguro e com 'carga' não declarada)
Os presos? Bem, agora enfrentam acusações que incluem associação para o tráfico e formação de quadrilha — crimes que podem render uma temporada prolongada atrás das grades. E olha que a 'hospedagem' não tem café da manhã.
Moradores da região comemoraram a ação, mas com um pé atrás: quantos esquemas como esse ainda operam nas sombras? Enquanto isso, a polícia segue com o pente-fino — porque, convenhamos, onde tem um rato...