
Salvador virou palco de uma operação que deixou a cidade em alerta nesta terça-feira (6). A ação — que parecia saída de um roteiro de filme — terminou com um homem morto e quatro indivíduos algemados. A polícia, que agia em segredo há semanas, finalmente fechou o cerco.
Segundo fontes próximas ao caso, tudo começou com uma investigação discreta sobre um suposto esquema de tráfico na região de Paripe. Os agentes, de olho no movimento suspeito há tempos, decidiram agir quando a situação escalou. "A gente sabia que ia ter barulho, mas não dava pra esperar mais", confessou um dos envolvidos, sob condição de anonimato.
O que aconteceu durante a operação?
Por volta das 5h30, quando a cidade ainda tentava acordar, os tiros ecoaram. Os policiais, que já estavam posicionados, revidaram. No meio da confusão — e aqui os detalhes são um pouco confusos —, um homem não identificado acabou baleado. Ele não resistiu. Quatro outros, tentando fugir como baratas tontas, foram encurralados em uma casa abandonada.
- Armas apreendidas: Dois revólveres, uma pistola e facões
- Drogas: Quase 20 quilos de maconha e porções de crack
- Dinheiro: R$ 3,5 mil em notas miúdas
Os presos, que segundo a polícia têm passagem pela justiça, agora enfrentam acusações de tráfico, associação ao crime e resistência. Um deles, curiosamente, tentou argumentar que "estava só de passagem". Os agentes, é claro, não compraram a história.
E agora?
A delegacia ficou lotada o dia inteiro. Familiares dos detidos — alguns chorando, outros xingando — se amontoaram do lado de fora. Enquanto isso, os investigadores reviravam cada centímetro do local, procurando pistas que pudessem levar a mais envolvidos.
Moradores da área, acostumados com o vai e vem suspeito, pareciam divididos. "Melhor assim, pelo menos fica tranquilo por uns dias", comentou uma senhora que preferiu não se identificar. Já um jovem, esbaforido, reclamou do barulho: "Acordei com os tiros, achei que fosse foguete!"
A Secretaria de Segurança Pública prometeu mais operações do tipo. "Não vamos recuar", garantiu um porta-voz, com aquela voz firme de quem está acostumado a dar entrevista depois de tragédia. Resta saber se essa foi apenas mais um capítulo nessa história sem fim de violência urbana.