Era pra ser mais um dia comum naquele depósito aparentemente normal, na região metropolitana de Cuiabá. Mas o que as paredes escondiam deixaria qualquer um de cabelo em pé: uma verdadeira fortuna em pó branco, pronta para alimentar o pesadelo do tráfico.
A Polícia Civil, agindo feito uma faca afiada, chegou ao local depois de semanas de investigação minuciosa. E não deu outra – o motorista de 39 anos, que achou que poderia passar despercebido, foi flagrado com aquilo que os agentes classificaram como uma das maiores apreensões dos últimos tempos na região.
Uma carga que impressiona
Quando abriram as portas do depósito, a surpresa foi daquelas que até policial experiente fica sem palavras. Mais de 450 quilos de cocaína pura, meticulosamente embalados e prontos para distribuição. Dá pra imaginar o estrago que essa quantidade toda faria nas ruas?
O detalhe que mais chama atenção – e aqui é onde a coisa fica realmente séria – é que a droga veio da Bolívia. Sim, aquela velha rota internacional que teima em não desaparecer. O material estava sendo armazenado temporariamente em Mato Grosso antes de seguir para outros estados brasileiros, num esquema que lembra aqueles filmes de Hollywood, só que na vida real e com consequências bem mais tristes.
O suspeito e as evidências
O motorista, natural de Rondonópolis, não conseguiu dar nenhuma explicação convincente para estar cuidando de um tesouro ilegal daqueles. Acho que nem o melhor advogado do mundo teria argumentos para justificar meia tonelada de cocaína, não é mesmo?
Além da droga em si, os policiais encontraram outros elementos que comprovam a sofisticação da operação criminosa. Tudo muito bem organizado, como se fosse uma empresa legal – só que, em vez de produtos legítimos, a mercadoria era pura destruição embalada a vácuo.
O que me faz pensar: quantos depósitos assim ainda existem por aí, camuflados de negócios comuns enquanto armazenam o veneno que corrói nossa sociedade? Essa apreensão gigantesca é um alívio, sem dúvida, mas também serve como alerta para a dimensão do problema que enfrentamos.
Agora, o investigado responde por tráfico internacional de drogas – e, convenhamos, com essa quantidade toda, a perspectiva é de uma temporada bem longe das ruas. Resta torcer que essa operação sirva para desmontar outros elos dessa corrente perigosa.
