Líder de massacre em presídio de Altamira, PA, é condenado a mais de 400 anos de prisão
Líder de massacre em presídio condenado a 400+ anos

O Tribunal de Justiça do Pará (TJPA) condenou um homem acusado de liderar um dos massacres mais violentos já registrados no sistema prisional brasileiro. O crime ocorreu em 2019, no Centro de Recuperação Regional de Altamira (CRR), e deixou 62 mortos.

O réu, identificado como um dos líderes da facção criminosa responsável pelo ataque, recebeu uma pena superior a 400 anos de prisão. A sentença foi anunciada nesta quarta-feira (5) após um longo processo judicial.

Detalhes chocantes do massacre

Segundo as investigações, o massacre foi planejado meticulosamente e executado com extrema violência. Os detentos foram esfaqueados, decapitados e queimados vivos durante o motim que durou cerca de cinco horas.

As câmeras de segurança do presídio registraram cenas de horror, mostrando a crueldade dos ataques. O caso ganhou repercussão internacional e expôs a crise no sistema prisional brasileiro.

Repercussão e medidas pós-massacre

Após a tragédia, o governo do Pará implementou uma série de medidas para tentar melhorar a segurança nos presídios do estado, incluindo:

  • Maior controle de facções criminosas
  • Separação de presos por periculosidade
  • Investimento em inteligência penitenciária
  • Modernização das instalações carcerárias

Especialistas em segurança pública afirmam que, apesar dos avanços, o sistema ainda enfrenta desafios estruturais graves que facilitam a ação de organizações criminosas dentro das penitenciárias.

Condenação histórica

A sentença de mais de 400 anos é considerada uma das maiores já aplicadas no estado do Pará por crimes dessa natureza. O Ministério Público comemorou a decisão como uma vitória da justiça.

"Essa condenação manda uma mensagem clara de que a justiça não será tolerante com crimes dessa magnitude", declarou o promotor responsável pelo caso.

Os familiares das vítimas acompanharam o julgamento e expressaram alívio com a decisão, mas muitos afirmam que a dor da perda permanece.