O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, soltou uma bomba nesta quarta-feira: vai criar uma delegacia especializada exclusivamente para investigar as tramas do crime organizado. E o mais curioso - a nova unidade vai funcionar dentro da própria Secretaria da Receita Federal, um movimento que pega muita gente de surpresa.
Numa entrevista coletiva que mais parecia um anúncio de operação policial, Haddad foi direto ao ponto. "Estamos montando uma estrutura de inteligência dentro do Ministério da Fazenda para enfrentar o crime organizado", disparou o ministro, com aquela seriedade que lembra os tempos em que era prefeito de São Paulo.
Foco nas transações suspeitas
A ideia, segundo fontes próximas ao ministério, é simplesmente revolucionária. A nova delegacia vai fuçar nas movimentações financeiras que cheiram mal - e olha que não são poucas. Lavagem de dinheiro, sonegação fiscal, contrabando... Tudo isso vai passar pelo crivo dos novos investigadores.
O que me chamou atenção foi o timing. Haddad soltou essa num momento em que todo mundo fala em segurança pública, mas ninguém lembra que o dinheiro é o combustível do crime. Parece óbvio, mas até agora ninguém tinha bolado uma solução assim, tão integrada.
Parceria inédita com a polícia
E tem mais: os peritos da Receita Federal vão trabalar lado a lado com a Polícia Federal. Isso mesmo - é como juntar o Sherlock Holmes com um contador genial. Enquanto uns seguem o rastro do dinheiro, outros correm atrás dos bandidos.
"Vamos cruzar dados de inteligência financeira com as investigações tradicionais", explicou Haddad, visivelmente animado com a novidade. Ele até brincou que agora os criminosos vão ter que inventar uma nova forma de esconder o dinheiro - porque as antigas já estão com os dias contados.
O ministro não deu muitos detalhes operacionais (afinal, não ia contar todos os segredos para os criminosos ouvirem, né?), mas deixou claro que a prioridade é cortar o financiamento das organizações criminosas. Sem grana, sem poder - a equação é simples assim.
Reações imediatas
Logo depois do anúncio, o burburinho nos corredores do Congresso foi grande. Alguns deputados aprovaram na hora a iniciativa, enquanto outros ficaram com o pé atrás - sempre tem aqueles que duvidam de tudo.
Mas uma coisa é certa: se der certo, essa pode ser a virada de jogo no combate ao crime organizado no Brasil. Quem sabe finalmente conseguimos atingir os chefões onde mais dói - no bolso.
O que você acha? Medida acertada ou mais uma para inglês ver? O tempo - e as investigações - vão responder.
