Operação fecha ferro-velho ilegal no Rio: 15 presos e toneladas de material apreendido
Ferro-velho ilegal no Rio: 15 presos em operação policial

Não era um simples ferro-velho. Escondido entre galpões na Zona Norte do Rio, o local funcionava como um verdadeiro centro de desmanche ilegal — e acabou sendo alvo de uma operação que prendeu 15 pessoas nesta quarta-feira (17).

Segundo informações apuradas, o depósito clandestino recebia peças de carros roubados e as revendia como se fossem materiais reciclados legítimos. Uma farsa que durou anos, mas que finalmente chegou ao fim.

Operação surpresa com direito a guincho

Por volta das 6h, agentes da Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos de Veículos (DRFRV) chegaram ao local armados com mandados de busca e apreensão. O que encontraram? Pilhas e mais pilhas de peças suspeitas — algumas ainda com números de chassi visíveis.

Entre os presos:

  • O proprietário do ferro-velho (que jurou de pés juntos não saber de nada)
  • 12 funcionários
  • Dois clientes flagrados no ato da compra

Não bastasse isso, os policiais ainda apreenderam:

  • 3 toneladas de peças automotivas
  • 15 motores completos
  • Documentação falsa
  • Equipamentos de desmonte

"Negócio" milionário com rastro de crimes

Investigadores estimam que o esquema movimentava cerca de R$ 500 mil por mês. E olha que ironia: o dono do local tinha até certificado ambiental falsificado para dar aparência de legalidade ao negócio.

"Era um ciclo completo", explicou um delegado que preferiu não se identificar. "Roubavam os carros, desmontavam aqui e as peças sumiam no mercado paralelo. Algumas até reapareciam em oficinas de bairro."

Moradores da região — que sempre desconfiaram das atividades — comemoraram a ação. "Finalmente! Aquilo era um perigo, um convite para mais roubos", disse Dona Maria, que vive há 20 anos no entorno.

E agora?

Os presos responderão por receptação qualificada, formação de quadrilha e crimes ambientais. Já o ferro-velho... Bom, digamos que vai ficar um tempinho fechado para balanço.

Enquanto isso, a polícia segue rastreando a origem das peças e possíveis ligações com outras quadrilhas. Alguém duvida que essa história ainda vai dar muito pano pra manga?