
Era um esquema tão bem armado que parecia saído de roteiro de filme policial — só que a realidade, como sempre, supera a ficção. Na Serra, região metropolitana de Vitória, um sujeito que se achava o "chefão" da quebrada resolveu inovar no recrutamento de mão de obra barata para seu negócio ilegal.
Pois é, meus amigos. Enquanto a gente se desdobra pra conseguir um estágio que paga um salário mínimo, essa turma oferecia R$ 3 mil por moto roubada para adolescentes entre 15 e 17 anos. Um verdadeiro "programa de jovens aprendizes" do crime, se é que me entendem.
Como o esquema funcionava
O modus operandi — como dizem os delegados — seguia um roteiro bem ensaiado:
- Os pivetes recebiam ordens diretas do "patrão" via WhatsApp (sim, até no crime tem home office hoje em dia)
- As motos alvo eram escolhidas a dedo — modelos mais novos, fáceis de revender
- Depois do "serviço" feito, os adolescentes levavam as motos para um ponto determinado
- O pagamento? Sempre em espécie, é claro. Nada de deixar rastro digital
O que mais choca nessa história toda é a frieza com que esses jovens eram aliciados. "Trabalhe com a gente que você vai ter grana pra curtir a vida", diziam os recrutadores — como se fosse um simples bico de final de semana, e não um caminho sem volta pro mundo do crime.
Operação fecha o cerco
Depois de meses colhendo provas (e provavelmente muita gente reclamando nas redes sociais), a polícia finalmente botou as mãos nesse tal "empresário do crime". O cara, que já tinha passagem pela polícia, foi pego com:
- Dinheiro vivo — muita grana, diga-se de passagem
- Celulares usados pra coordenar os roubos
- Uma lista com nomes de possíveis novos "funcionários"
E os adolescentes envolvidos? Bom, aí é que tá o pulo do gato. Por serem menores, a maioria já foi liberada — o que, pra ser sincero, deixa qualquer um com a pulga atrás da orelha. Será que vão cair na tentação de voltar pro esquema quando o "chefe" soltar a promessa de mais uma graninha fácil?
Enquanto isso, na Serra, os donos de moto seguem dormindo com um olho aberto. Porque quando o assunto é crime organizado, infelizmente essa história tá longe de acabar.