Dono de Ferro-Velho em MG Liderava Esquema Milionário de Desmanche e Lavagem de Dinheiro, Diz Polícia Civil
Dono de ferro-velho preso por esquema de desmanche ilegal

Imagine um ferro-velho comum, daqueles que a gente passa todo dia e nem nota. Agora multiplique por uma teia criminosa que movimentou nada menos que três milhões de reais. Pois é, foi exatamente isso que a Polícia Civil de Minas Gerais desvendou em Juiz de Fora.

O suposto cérebro por trás dessa operação toda? O proprietário de um desses estabelecimentos, é claro. A operação "Fantasma", deflagrada nesta quarta-feira (17), não veio para brincadeira. Dois mandados de prisão preventiva e cinco de busca e apreensão – sendo três na Zona da Mata e dois em Belo Horizonte.

O Modus Operandi: Uma Máquina de Fazer Dinheiro Ilegal

A coisa funcionava assim, pelo menos segundo as investigações que se arrastam desde o ano passado: a organização recebia veículos – e aqui a gente pode suspeitar que muitos tinham uma procedência mais do que duvidosa – e os desmontava completamente. Peça por peça.

Mas o esquema não parava aí, longe disso. Eles ainda falsificavam documentos para dar uma aparência de legalidade a todo aquele ferro-velho, que na verdade era ouro na mão do crime. Uma lavanderia de alto nível, disfarçada de comércio aparentemente normal.

Três milhões de reais. É difícil até visualizar todo esse dinheiro circulando por baixo dos panos, não é mesmo?

As Consequências: A Justiça Chegou

Os dois alvos dos mandados de prisão preventiva foram localizados e encarcerados no Centro de Remanejamento do Sistema Prisional (CRSP), em Juiz de Fora. Eles agora respondem na justiça pelos crimes de organização criminosa e lavagem de dinheiro. Sabe-se que um deles é o tal dono do ferro-velho, o suposto mandante do esquema.

Além das prisões, a polícia apreendeu uma penca de itens que podem servir como prova crucial: documentos, celulares e até computadores. Tudo para desmontar (sem trocadilho) a engrenagem financeira do grupo.

A investigação, que tem o apoio do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) do Ministério Público, mostrou que o dinheiro sujo era "inteiramente reinvestido na própria organização criminosa". Um ciclo vicioso de illegalidade.

O caso é mais um daqueles que faz a gente pensar: quantos negócios aparentemente comuns escondem, na verdade, operações complexas de crime? A operação Fantasma mostrou que, às vezes, a realidade supera – e muito – a ficção.