
Eis que a administração Trump resolveu cutucar a onça com vara curta — e escolheu um alvo nada modesto: a Universidade de Harvard. Sim, aquela mesma, a que todo mundo coloca no topo da lista dos sonhos. Só que agora, o Departamento de Educação americano, sob o comando de Betsy DeVos, resolveu apertar o cerco.
Numa jogada que mistura burocracia, retórica política e um quê de provocação, o governo federal restringiu o acesso de Harvard aos fundos de auxílio emergencial destinados a instituições educacionais. A justificativa? Eles soltaram a bomba: suspeitam que a universidade pode não estar precisando tanto assim do dinheiro.
Não é brincadeira. Num comunicado que mais parece um recado indireto — daqueles que a gente lê e já entende a mensagem entre linhas —, o departamento questionou a "saúde financeira" da instituição. Como se Harvard, com sua reputação secular e seu patrimônio bilionário, estivesse à beira de um colapso… ou não.
O que está por trás da medida?
O contexto aqui é crucial. Esses recursos são parte do pacote de ajuda aprovado pelo Congresso para mitigar os efeitos da pandemia. A ideia era ajudar universidades e alunos a navegar na crise. Só que, aparentemente, algumas instituições — as mais ricas — caíram na mira do governo.
Harvard, como era de se esperar, rebateu. E não foi com meias-palavras. Classificou a decisão como "arbitrária" e "sem base legal". Disse ainda que vai "explorar todas as opções" para reverter a situação. Traduzindo: a briga judicial pode estar só começando.
Mas o que realmente chama atenção é o tom. O governo não só impôs a restrição — fez questão de divulgá-la com estardalhaço, como quem dá um recado político. Algo como: "estamos de olho nos grandes e poderosos".
Não é a primeira vez
Quem acompanha o noticiário político-educacional dos EUA já viu esse filme. No ano passado, Trump chegou a criticar Harvard publicamente por ter aceitado verbas do fundo de auxílio, mesmo tendo uma das maiores dotações financeiras do mundo. A universidade, pressionada, recuou e devolveu o dinheiro.
Agora, a tática se repete — mas com mais força institucional. Dessa vez, não é só um tweet presidencial; é uma ação concreta do Departamento de Educação.
E as implicações vão além de Harvard. Outras universidades de elite — think Yale, Stanford, MIT — podem estar na mira. O que me faz perguntar: é uma questão de princípio ou perseguição ideológica?
Bom, o tempo — e os tribunais — dirão. Mas uma coisa é certa: a relação entre o governo federal e as instituições de educação superior nos EUA nunca foi tão… interessante.