
O que parecia um esquema perfeito — até demais para ser verdade — acabou desmoronando como castelo de cartas. E no centro dessa trama, segundo o Ministério Público, estava um auditor fiscal que teria sido a "mente brilhante" por trás de uma rede de fraudes que levou à prisão do dono da Ultrafarma.
Não foi algo simples, claro. Esses caras não são amadores — trabalharam como formiguinhas, meticulosamente, durante meses. Mas a ganância, como sempre, acabou sendo o calcanhar de Aquiles deles.
O esquema que "dormiu" com o barulho
Segundo as investigações, o auditor — cujo nome ainda não foi divulgado — teria usado seu conhecimento técnico para criar brechas no sistema. Não era qualquer "jeitinho", mas uma operação sofisticada que envolvia:
- Manipulação de registros fiscais
- Emissão de documentos falsos
- Uma rede de "laranjas" para movimentar valores
O dono da Ultrafarma, segundo as acusações, seria o "investidor" principal. Mas aqui vai o detalhe saboroso: o MP acredita que sem o auditor, o esquema jamais teria saído do papel. "Ele era o arquiteto", disse um dos promotores, em tom que misturava admiração profissional com indignação.
O estrago? Nem eles sabem ainda
O mais absurdo — ou talvez o mais previsível — é que o rombo ainda está sendo calculado. Os investigadores estão literalmente contando os zeros, e parece que vai demorar mais do que fila de INSS.
"Quando você mexe com fraude fiscal nesse nível, o buraco é sempre mais embaixo", comentou um perito que pediu para não ser identificado. "É como tentar encontrar agulha em palheiro... só que o palheiro também está em chamas."
Enquanto isso, o empresário segue preso, e o auditor — esse gênio do mal — agora enfrenta acusações que podem colocá-lo atrás das grades por anos. Moral da história? Até os esquemas mais bem arquitetados têm prazo de validade.