Era uma manhã comum na Baixada Cuiabana quando a rotina do crime foi interrompida de forma brusca. A Polícia Civil de Mato Grosso colocou em ação um plano minuciosamente elaborado para desarticular uma organização que transformara o tráfico de drogas num verdadeiro serviço de entrega a domicílio.
Oito indivíduos, que pareciam simples cidadãos comuns, foram surpreendidos com mandados de prisão expedidos pela Justiça. A operação, batizada ironicamente de 'Entrega Imediata', revelou uma sofisticação criminosa que impressiona até os mais experientes investigadores.
Como funcionava o esquema
Parece coisa de filme, mas era real: os traficantes operavam como se fossem um iFood das drogas. Clientes faziam pedidos por aplicativos de mensagem e recebiam a mercadoria em poucos minutos, com direito até a 'promoções' para compras maiores. Uma praticidade assustadora que tornava o acesso às drogas tão fácil quanto pedir uma pizza.
Os agentes encontraram uma estrutura bem organizada, com divisão de funções que incluía desde os 'atendentes' que recebiam os pedidos até os 'entregadores' que faziam as distribuições. Tudo muito profissional, se não fosse ilegal.
O que foi apreendido
- Drogas em quantidade significativa (maconha, cocaína e crack)
- Dois veículos utilizados nas entregas
- Duas motocicletas que serviam como 'moto-frete' do crime
- Armas de fogo que protegiam o esquema
- Dinheiro em espécie e celulares usados nos negócios
Os valores das apreensões ainda estão sendo calculados, mas já se sabe que o prejuízo para a organização criminosa é considerável. As drogas seriam distribuídas não apenas na Baixada Cuiabana, mas também em Cuiabá, mostrando que o raio de ação do grupo era extenso.
Um problema que se moderniza
O que mais preocupa as autoridades é a adaptação do crime às novas tecnologias. Enquanto a sociedade avança com aplicativos e delivery para tudo, o tráfico segue o mesmo caminho, tornando-se mais eficiente e perigoso. É uma corrida contra o tempo onde a lei precisa correr mais rápido que a criatividade dos criminosos.
Os investigados agora respondem por associação para o tráfico e outros crimes conexos. A operação continua, afinal, como diz o ditado popular, 'onde há fumaça, há fogo' - e os policiais acreditam que esta é apenas a ponta do iceberg de uma rede ainda maior.
