
Era um dia comum no movimentado hospital público de Belém — pelo menos era o que parecia. Mas nos bastidores, um técnico de enfermagem transformara o local de cuidado em ponto de comércio ilegal. A ficha caiu quando agentes da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) colocaram as mãos no fio da meada.
O que começou como uma denúncia anônima — dessas que a gente sempre desconfia, mas que às vezes são reais — virou uma operação de verdade. E olha que o esquema não era nada sofisticado: o profissional simplesmente tirava os medicamentos dos estoques do hospital e vendia como se fosse bala no recreio. Só que nesse caso, as "balinhas" eram remédios controlados que podem causar dependência.
O golpe estava armado
Segundo os investigadores, o cara agia com uma cara de pau impressionante. Marcava os encontros dentro do próprio hospital, como se estivesse apenas conversando com conhecidos. Só que em vez de fofocas, o papo era sobre quantidades e valores. Alguns compradores — que agora também estão na mira — chegavam a pagar R$ 200 por caixas de medicamentos que deveriam ser distribuídos gratuitamente.
Detalhe que deixa a situação ainda mais absurda: o hospital atende principalmente pacientes carentes. Enquanto alguns não conseguiam os remédios que precisavam, outros enchiam os bolsos às custas do sistema público. Nojento, não?
Como a polícia descobriu
- Denúncias anônimas começaram a pipocar há cerca de dois meses
- Os investigadores montaram esquema de vigilância discreta
- Flagraram pelo menos três transações antes de prender o técnico
- Celular do acusado tinha mensagens comprometedoras
O pior de tudo? Esse não era o primeiro emprego do indivíduo na área da saúde. Ele já tinha passado por outras unidades — e agora a polícia quer saber se o esquema era mais amplo. Será que estamos diante da ponta de um iceberg?
Enquanto isso, a direção do hospital garante que vai reforçar os controles internos. Mas convenhamos: depois que o leite já derramou, fechar a porteira parece pouco, né? A população espera mais do que promessas — quer ver ações concretas para evitar que casos assim se repitam.