
Aquele clima de rivalidade que deveria ser só dentro de campo… sabe como é? Pois é, mas no último domingo, em União, no Piauí, a coisa descambou para uma tragédia que ninguém poderia prever. Uma discussão aparentemente banal após uma partida de futebol terminou com um idoso de 62 anos morto — executado com vários tiros, para ser mais cruamente preciso.
O suspeito, um homem de 29 anos identificado apenas como 'J. Silva', não fugiu para muito longe. Ele resolveu se apresentar à polícia na tarde desta segunda-feira (16), mas acredite, a situação já estava mais do que grave. As câmeras de segurança da região — e aí é que está o detalhe macabro — registraram praticamente tudo. A briga, a perseguição e o momento dos disparos.
A cena é de cortar o coração. As imagens mostram o idoso, o senhor Francisco das Chagas, tentando se afastar do agressor. Não adiantou. Ele foi alcançado e alvejado com pelo menos três tiros, segundo o boletim de ocorrência. Morreu no local. O motivo? Uma rixa de jogo, algo que deveria ter ficado no campo. Às vezes, a violência simplesmente não faz sentido.
Não foi briga, foi execução
A Polícia Civil já tinha iniciado as investigações e, claro, as imagens seriam usadas para localizar o suspeito. Mas ele antecipou-se. Procurou a delegacia por conta própria. Agora, o delegado responsável pelo caso afirmou que ele será indiciado por homicídio qualificado — ou seja, com agravantes. A legítima defesa, que ele alega? Difícil de sustentar com um vídeo mostrando perseguição e tiros nas costas.
O caso repercutiu profundamente na pequena cidade. Vizinhos e familiares estão em choque. Francisco era uma figura conhecida, gente boa, do tipo que não procura confusão. E agora, uma partida de futebol — aquela que deveria ser um momento de descontração — acabou em luto.
A pergunta que fica, e que todo mundo se faz, é: até onde vai a falta de controle por uma discussão besta? O que leva alguém a tirar uma vida por causa de um jogo? A violência no interior, muitas vezes subnotificada, mostra sua cara mais cruel. E as câmeras, que testemunharam tudo, agora são a principal testemunha de acusação.
O suspeito segue à disposição da Justiça. O vídeo, também.