
O clima de apreensão que tomou conta de Sobral, no interior do Ceará, ganhou um capítulo decisivo nesta sexta-feira (27). Depois de uma audiência de custódia que parecia não ter fim – aquelas que deixam todo mundo na ponta da cadeira –, a Justiça resolveu manter atrás das grades o homem apontado como responsável por ameaçar uma escola da cidade. E olha que não foi por pouco.
O tal do A.S.S., que já tinha uma ficha mais suja que chão de feira, foi detido pela Delegacia de Repressão a Crimes Cibernéticos (DRCC) na quarta-feira. O motivo? Um pacote de ameaças direcionado a uma unidade de ensino que, convenhamos, pegou mal pra todo mundo. A polícia não divulgou o nome completo do sujeito, mas acredite: o histórico dele não é nada bonito.
O peso da decisão judicial
O juiz Marcelo de Oliveira Silva, que conduziu a audiência, não teve dúvidas. Na sentença – daquelas que ecoam –, ele deixou claro que soltar o cara seria um risco social inaceitável. "A manutenção da prisão se mostra necessária diante da gravidade concreta dos fatos", afirmou, num tom que não dava margem para discussão. A defesa, é claro, tentou argumentar, mas a decisão já estava sacramentada.
E não é que o próprio Ministério Público do Estado (MPCE) entrou com um pedido formal para que o sujeito continuasse preso? Pois é. Eles alegaram, com toda a razão, que soltura poderia colocar em risco a investigação – que, diga-se de passagem, está só começando.
O que se sabe sobre as ameaças
Os detalhes são assustadores. As ameaças foram feitas através de grupos de WhatsApp, daqueles que a gente usa pra combinar churrasco e mandar meme. Só que, no caso, o conteúdo era pesado: mensagens que falavam em atacar a escola. A polícia agiu rápido, identificou o suspeito e foi até a casa dele, no bairro Vila União. Lá, apreenderam o celular – a tal arma do crime – que agora vai ser periciado.
O mais preocupante? O indivíduo já responde a um inquérito por estelionato e outro por ameaça. Sim, ameaça! Parece que o cara tem certa familiaridade com esse tipo de coisa. E agora, com essa nova acusação, a coisa ficou séria de verdade.
E agora, o que esperar?
A população de Sobral, especialmente pais e alunos, respira aliviada – mas com um pé atrás. A decisão judicial manda um recado claro: ameaças a escolas não serão toleradas. Enquanto isso, as investigações continuam a todo vapor. A polícia não descarta que o suspeito possa ter agido em conjunto com outras pessoas. O celular apreendido deve revelar pistas importantes.
Uma coisa é certa: o caso escancara uma realidade que infelizmente tem se repetido pelo Brasil. E a pergunta que fica é: até quando nossas escolas vão precisar viver sob a sombra do medo?