
Eis que o caso que agitou os noticiários brasileiros pode estar perto de um fim surpreendente. O Ministério Público — aquela entidade que a gente sempre torce pra estar do lado certo — deu um parecer que deixou todo mundo de queixo caído. Segundo fontes próximas ao processo, faltariam elementos concretos para sustentar a acusação contra o empresário Fernando Melhem.
Não é como se faltassem testemunhas ou provas documentais. O problema, ao que parece, está naquela velha história de "quem conta um conto aumenta um ponto". As inconsistências nas declarações teriam sido o calcanhar de Aquiles da acusação. E olha que o caso já vinha desde 2021, quando a denúncia veio à tona com todo o estardalhaço.
O que dizem os papéis?
O MP foi categórico em seu relatório de 14 páginas (sim, alguém contou): sem provas materiais ou testemunhas confiáveis o suficiente, fica difícil sustentar a acusação. "Não há como prosseguir", teria dito um dos promotores envolvidos, em tom que misturava alívio e frustração.
Mas calma lá! Antes que alguém comece a soltar fogos, é bom lembrar que a decisão final ainda está com o juiz responsável pelo caso. Ele pode seguir — ou não — a recomendação do Ministério Público. A defesa de Melhem, é claro, já comemora em off, enquanto os críticos do sistema juram de pés juntos que isso é mais um exemplo da "justiça para ricos".
E as vítimas?
Aqui o assunto fica espinhoso. Duas mulheres mantiveram as acusações até o fim, mas seus depoimentos — segundo os autos — teriam variações consideráveis. Numa época em que o movimento #MeToo ganhava força no Brasil, o caso foi tratado como termômetro para como a justiça lidaria com crimes dessa natureza.
Não dá pra ignorar o timing político também. Melhem, figura conhecida nos círculos empresariais e políticos, sempre negou as acusações com veemência. "Invenção", "armação" e "tentativa de difamação" foram termos que ecoaram em suas declarações ao longo desses anos todos.
E agora? Bom, resta esperar a decisão final. Mas uma coisa é certa: se o juiz bater o martelo seguindo o MP, esse caso vai alimentar debates acalorados por muito tempo. Você acha que é justo? O sistema funcionou ou falhou? Difícil dizer — a verdade, como sempre, parece estar num lugar mais cinza do que gostaríamos.