Imagine o coração de uma mãe partindo ao meio. Não uma, não duas, mas três vezes. Foi exactamente esse tormento que levou a uma descoberta macabra no interior paranaense. Tudo começou com a prisão de um homem, um sujeito comum à primeira vista, detido por — pasmem — furtar cabos de energia.
Parecia mais um caso rotineiro. Mas os policiais, com aquele faro que só quem está na estrada há anos desenvolve, desconfiaram. Algo não cheirava bem. O tal indivíduo, de 26 anos, já tinha passagens pela polícia, inclusive por homicídio. Coisa séria.
O que uma bolsa tinha a ver com isso?
Eis que, durante a prisão, a polícia encontra consigo uma bolsa. Azul. Nada demais, certo? Errado. Quando os investigadores mostraram o item à mãe de uma jovem desaparecida, o mundo desabou. Ela reconheceu na hora — era da filha, sumida desde Maio. O baque foi tão forte que praticamente selou o destino do suspeito.
— A gente não esperava por isso — confessou o delegado, visivelmente impactado. — O reconhecimento foi instantâneo. A dor daquela senhora… não tem palavras.
Quebra-cabeças macabro
E as peças começaram a se encaixar de forma sinistra. O tal homem não era qualquer um. Já respondia por um homicídio cometido em 2022, em Reserva, e agora é o principal suspeito de acabar com a vida de pelo menos três mulheres. Três. Todas jovens, todas com sonhos interrompidos brutalmente.
Os crimes teriam acontecido entre 2022 e 2024, uma janela de tempo assustadora que sugere uma frieza de gelar o sangue. As vítimas? Mulheres entre 20 e 30 anos, que sumiam sem deixar rasto. Até agora.
O delegado Emerson Bennemann, da 4.ª Subdivisão Policial, não esconde a gravidade do caso. — As investigações apontam que ele agia sozinho — revela, com a seriedade de quem lida com a pior face humana.
E agora?
O suspeito, claro, nega tudo. Mas a polícia não para. A busca por provas continua a todo vapor, com exames periciais a serem realizados para confirmar — ou não — a autoria dos crimes. Enquanto isso, famílias inteiras vivem um pesadelo sem fim, esperando por respostas que talvez nunca venham.
O caso chocou a região e serve como alerta: a maldade, por vezes, esconde-se onde menos esperamos. E, às vezes, é uma simples bolsa que pode desvendar os segredos mais sombrios.
