
O Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) decidiu manter a condenação de Sari Corte no caso da morte do menino Miguel Otávio Santana da Silva, de 5 anos. O acidente, que chocou o Brasil em 2020, ganhou um novo capítulo nesta terça-feira (2), quando a corte rejeitou o recurso da defesa e confirmou a pena de 8 anos e 6 meses de prisão em regime semiaberto.
O que aconteceu no caso Miguel?
O trágico episódio ocorreu em 2 de junho de 2020, no Recife. Miguel caiu do 9º andar de um prédio de luxo onde Sari Corte, então patroa de sua mãe, trabalhava como doméstica. A criança estava sob os cuidados da ré quando o acidente aconteceu.
Os principais pontos da decisão judicial:
- Mantida a condenação por homicídio culposo (sem intenção de matar)
- Prisão em regime semiaberto confirmada
- Recurso da defesa foi unanimemente rejeitado pelos desembargadores
- Processo agora segue para execução penal
O caso ganhou grande repercussão nacional, tornando-se símbolo das desigualdades sociais no país. Durante o julgamento, a defesa de Sari Corte alegou que se tratava de um "acidente trágico", enquanto o Ministério Público sustentou que houve negligência por parte da ré.
Repercussão social do caso
O incidente gerou comoção nacional e reacendeu debates sobre:
- Relacionamentos trabalhistas abusivos
- Desigualdade social no Brasil
- Responsabilidade no cuidado com crianças
- Eficácia do sistema judiciário em casos sensíveis
Com a decisão do TJPE, o caso judicial chega ao seu desfecho, mas as discussões sociais que ele levantou continuam atuais. A família de Miguel acompanhou o julgamento e se disse satisfeita com a manutenção da condenação.