Fraude em apps de corrida no Rio: Polícia Civil desmantela esquema milionário
Fraude em apps de corrida: polícia desmantela esquema no RJ

Era um esquema tão bem armado que parecia saído de um roteiro de filme — só que, desta vez, a trama se desenrolava nas ruas do Rio de Janeiro, não nas telas de cinema. A Polícia Civil acabou com uma rede especializada em fraudar aplicativos de transporte, e os detalhes são de deixar qualquer um de queixo caído.

Não eram amadores. Os investigados — sim, no plural — tinham uma operação quase industrial para aplicar golpes. Imagine só: criavam perfis falsos, simulavam corridas que nunca aconteceram e ainda desviavam dinheiro como se fossem mágicos fazendo truques com notas de real. Só que, ao contrário dos ilusionistas, essa plateia não aplaudiu.

Como o golpe funcionava?

Parece simples quando explicado, mas exigia uma logística impressionante:

  • Criação de contas fantasmas em nome de laranjas
  • Simulação de corridas através de dispositivos manipulados
  • Pagamentos fraudulentos com cartões clonados ou roubados
  • Uma rede de beneficiários que lavava o dinheiro como água de chuva em bueiro entupido

E o pior? Estima-se que o prejuízo tenha batido na casa dos milhões. Não era troco de pinga, como diriam os cariocas mais antigos.

A queda do castelo de cartas

A investigação — que teve início depois de denúncias anônimas (sempre elas!) — revelou padrões estranhos nas transações. Alguns "motoristas" faziam dezenas de corridas por dia, mas nunca saíam do mesmo quarteirão. Outros "passageiros" pagavam viagens de 50km às 3h da madrugada em bairros desertos.

Quando a polícia botou as mãos nos dados, foi como encontrar o manual do golpe escrito a caneta. "Tinha até tutorial", contou um delegado que preferiu não se identificar. "Eles documentavam tudo como se fosse um negócio legítimo."

Agora, os envolvidos respondem por formação de quadrilha, estelionato e lavagem de dinheiro. E aí, será que vão conseguir um Uber para a audiência?