
Imagine só: uma senhora de 82 anos, frágil como um passarinho no inverno, trancada num hospício contra a vontade. Tudo por causa de uma briga feia por dinheiro. Parece roteiro de novela, mas aconteceu de verdade em São Paulo.
Dois filhos e uma nora da idosa agora estão atrás das grades. A polícia desconfiou quando a velhinha sumiu do radar — sem avisar ninguém, sem despedidas. Vizinhos estranharam, amigos ficaram de orelha em pé. E não é que a família tinha metido ela num sanatório sem motivo médico?
O plano que deu errado
Segundo as investigações, o trio queria controlar os bens da matriarca. Colocaram ela num lugar afastado, longe de quem pudesse ajudar. Achavam que ninguém ia perceber. Que engano!
- A internação foi feita às pressas, sem avaliação psiquiátrica adequada
- Documentos importantes sumiram da casa da idosa
- Testemunhas ouvidas pela polícia contaram histórias conflitantes
O delegado responsável pelo caso não esconde a revolta: "Isso aqui é pior que assalto. É roubar a liberdade, a dignidade de quem te criou". E completa, com a voz grossa de quem já viu muita coisa: "Herança divide família, mas poucos chegam a esse ponto".
Quando o dinheiro vira veneno
O caso escancara uma realidade nojenta. Advogados especializados em direito de família contam que conflitos por herança aumentaram 40% nos últimos anos. E os métodos? Cada vez mais criativos — pra não dizer cruéis.
Na delegacia, os acusados tentaram se explicar. Dizem que a idosa tinha "problemas mentais". Só que os médicos do instituto discordam. No laudo, escreveram claramente: "Paciente lúcida, orientada, sem necessidade de internação". Aí a ficha caiu.
Enquanto isso, a idosa está sob cuidados especiais. Recupera-se do trauma longe dos parentes gananciosos. E a justiça? Promete ser rápida. Afinal, como diz o ditado, "contra fatos não há argumentos" — e as provas são de cair o queixo.