
Era uma tarde como qualquer outra em São José do Rio Preto até que o pesadelo começou. Agora, com o suspeito finalmente confessando o que fez, a família da estudante trans da Unesp — cujo nome preferem não divulgar — vive entre a dor e a esperança de justiça. "A gente não consegue ter paz", desabafa uma das parentes, com a voz embargada.
O caso, que chocou a região, ganhou novos capítulos nesta semana. O acusado, depois de muito negar, acabou admitindo o crime. E aí? O que vem agora? A família clama por uma punição à altura — e quem pode dizer que eles não têm razão?
O peso da espera
Dias viram noites, noites viram semanas. O tempo, que deveria trazer alívio, só aumentou a angústia. "Cada minuto sem resposta é um minuto a mais de tortura", conta o irmão da vítima, enquanto mexe nervosamente no celular — talvez esperando uma notícia que nunca chega.
Na Unesp, onde a estudante deixou saudades e histórias, colegas organizam um memorial. Flores, cartas, fotos. Tudo parece pouco diante do vazio que ficou. Alguns professores, com aquela voz contida de quem tenta ser forte, falam sobre "perda irreparável".
Justiça: lenta, mas necessária
O delegado responsável pelo caso — um cara sério, daqueles que não gosta de holofotes — garante que as investigações estão avançando. "Temos compromisso com a verdade", diz, evitando dar detalhes. Mas será que isso basta para uma família destruída?
Enquanto isso, na vizinhança onde tudo aconteceu, o clima é de incredulidade. "Ela era tão jovem...", murmura uma senhora enquanto arruma as guloseimas na pequena mercearia. O silêncio que segue diz mais que mil palavras.
O que resta agora? Processos, audiências, prazos. A máquina da justiça, pesada como sempre, vai girando. E a família? Bem, a família tenta — sem muito sucesso — reconstruir o que um ato de violência levou em segundos.