
Era uma tarde comum até que não foi. O silêncio das águas da Represa de Itaipu, na fronteira oeste do Paraná, escondia uma cena de partir o coração. Lá no fundo, um carro. E dentro dele, o que ninguém queria encontrar: Edson Luiz de Souza, 56 anos, que a família procurava desesperadamente desde a última sexta-feira.
Pois é. Às 15h30 desta sexta-feira (20), mergulhadores do Corpo de Bombeiros finalmente puseram um ponto final na angústia da família. O veículo, um Honda Civic preto, foi localizado a cerca de 4 metros de profundidade, não muito longe do Parque de Penedo. Uma verdadeira operação de guerra, que envolveu até um guincho pesado para puxar o carro de volta à superfície.
E como tudo começou? Tudo não passa de suposição por enquanto, mas a Polícia Militar acredita que o homem possa ter perdido o controle do carro na sexta-feira passada, por volta das 19h. A pista molhada, uma curva mal calculada… quem sabe? Só Edson poderia dizer, e ele não está mais aqui para contar.
O Resgate: Uma Cena de Filme, Mas de Verdade
Imagina a cena: mergulhadores tateando na água escura, a visibilidade quase zero, até que… o formato de um carro. A tensão ao abrir a porta. E a confirmação do pior. O corpo de Edson ainda estava no banco do motorista. A perícia técnica já foi acionada para tentar desvendar os últimos momentos dessa tragédia.
— A operação foi complexa, das que a gente não esquece — comentou um dos soldados envolvidos, ainda visivelmente abalado. — Ver a família esperando na beira do lago… é de cortar o coração.
E Agora, José?
O caso, que era de desaparecimento, agora vira investigação de acidente de trânsito com morte. A Polícia Civil vai apurar todos os detalhes. Será que houve algum problema mecânico? Mal súbito? Ou foi simplesmente a combinação fatal de noite, asfalto molhado e talvez uma distração?
Enquanto isso, a família de Edson — que já deve estar arrasada — tenta entender o inexplicável. Como alguém some assim, sem deixar rastro, até aparecer no fundo de uma represa? Perguntas que, talvez, nunca tenham resposta.
Uma coisa é certa: a comunidade de Foz do Iguaçu está em choque. Mais uma vida perdida nas estradas, um lembrete cruel de como tudo pode mudar em um segundo. Que ele descanse em paz.