
O caso do atacante Bruno Henrique segue gerando burburinho nos tribunais e além deles. Não é todo dia que um ídolo do futebol se vê enredado em ações na Justiça Comum, sabe? Pois é.
A defesa do craque rubro-negro, representada pelo escritório do doutor Fábio Tofic Simantob, entrou com um pedido que, convenhamos, não é exatamente trivial. Eles querem, basicamente, que o processo seja extinto sem que se chegue ao mérito da questão. Ousadia? Estratégia? Só o tempo – e o juiz – dirão.
O Cerne da Questão Jurídica
Tudo gira em torno de uma alegação técnica, mas crucial. A defesa sustenta que a conduta imputada ao jogador… bem, simplesmente não se enquadraria como crime. Seria mera «lesão corporal de natureza leve», que é daquelas coisas que, pasmem, prescreve em plenos seis meses. E olha só o detalhe: o suposto fato é de abril de 2023. Abril!
O prazo, segundo os advogados, já teria expirado. Já era. Fim de papo. O processo, portanto, não deveria nem ter começado. Essa é a tese central, o ponto nevrálgico de toda a estratégia. Um verdadeiro xeque-mate processual, se aceito.
E Se Isso Não Colar?
Mas o mundo jurídico é cheio de surpresas, não é mesmo? Os melhores estrategistas sempre têm um plano B. E a defesa de Bruno Henrique não foge à regra.
Caso o juiz não acate o argumento da prescrição – e juízes são imprevisíveis, diga-se de passagem –, o caminho será outro: pedir a absolvição sumária. Alegariam, aí, uma suposta «inexistência de justa causa» para a ação continuar correndo. Em outras palavras, argumentariam que as provas colhidas são insuficientes, fracas, incapazes de sustentar uma condenação.
É como construir uma casa começando pelo telhado: sem alicerce, tudo desaba. Sem provas robustas, a acusação não se sustenta.
O Silêncio que Fala
Um ponto curioso – e talvez revelador – é o completo mutismo do Ministério Público do Rio de Janeiro sobre o caso. Procurada pela reportagem, a instituição simplesmente… não se manifestou. Nada. Zero. Silêncio absoluto.
Isso significa algo? É difícil dizer. Pode ser mera routine processual, ou pode indicar uma certa… hesitação? Só eles sabem.
Enquanto a bola não rola nos gramados para ele, Bruno Henrique acompanha a partida ser jogada nos autos do processo. E o juiz da 2ª Vara Criminal de Cabo Frio segura a cartolina. A decisão dele pode encerrar o jogo ainda no primeiro tempo ou permitir que ele continue, talvez até para a prorrogação. Aguardemos os próximos capítulos. A torcida, com certeza, está de olho.