
O Senado brasileiro pode ter um novo front de batalha — e dessa vez, o alvo é a proteção das crianças. Um grupo de senadores acabou de protocolar um pedido para a criação de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) com um objetivo claro: investigar a sexualização precoce de menores na internet. E olha, o assunto é mais espinhoso do que parece.
Não é de hoje que a web vira palco de situações que beiram o absurdo. De desafios perigosos a conteúdos que distorcem a infância, a linha entre o aceitável e o criminoso parece estar cada vez mais tênue. A proposta, liderada por parlamentares de diferentes partidos, quer justamente mapear e combater essas práticas. Mas será que uma CPI resolve?
O que está por trás da proposta
Segundo os documentos protocolados, a comissão teria poderes para:
- Exigir dados de plataformas digitais
- Convocar representantes de redes sociais
- Propor novas regras para proteger menores online
"Não dá mais pra fingir que não vemos o problema", disparou um dos senadores envolvidos, em tom que misturava indignação e urgência. E de fato, números recentes mostram um aumento assustador de denúncias relacionadas a exploração infantil virtual — só no último ano, foram mais de 100 mil registros.
Os dois lados da moeda
De um lado, especialistas em direitos digitais alertam: "Cuidado com o exagero no controle". Afinal, onde termina a proteção e começa a censura? Já as associações de proteção à infância bateram palmas — pra elas, a medida era mais do que necessária, era tardia.
Enquanto isso, nas redes sociais, a discussão esquenta. Alguns usuários comparam a iniciativa a "enxugar gelo", já que a internet não tem fronteiras. Outros lembram casos recentes de influencers acusados de expor crianças de forma inadequada. "Se não for agora, quando?", questionava uma mãe no Twitter.
O certo é que, se aprovada, essa CPI promete virar um terremoto político. Plataformas globais terão que se explicar, criadores de conteúdo podem enfrentar novas regras, e o Congresso — que anda tão criticado — terá a chance de mostrar serviço num tema que toca famílias de Norte a Sul do país.
Resta saber: será o início de uma nova era de responsabilidade digital ou mais um capítulo de boas intenções que se perdem nos corredores do poder? O plenário decide.