Baixista do Ultraje a Rigor: acusados de tentativa de homicídio enfrentarão júri popular no Rio
Acusados de atirar em baixista do Ultraje a Rigor vão a júri

O caso que deixou fãs de rock em choque está prestes a entrar em seu capítulo decisivo. Dois indivíduos — cujos nomes a Justiça preferiu não divulgar ainda — vão encarar um júri popular pela tentativa de acabar com a vida de Flávio Lemos, o baixista carismático do Ultraje a Rigor. E olha que a história é mais sinistra do que parece.

Tudo aconteceu numa daquelas noites cariocas que começam com cerveja gelada e poderiam terminar em tragédia. Era julho do ano passado quando os acusados, segundo testemunhas, dispararam contra o músico na Zona Sul do Rio. Por um triz — e aqui a gente até arrepia de pensar —, os tiros não atingiram órgãos vitais.

O que se sabe até agora?

Os advogados de defesa tentaram de tudo, desde questionar provas até alegar legítima defesa (sim, você leu certo). Mas o Ministério Público garimou evidências como quem procura agulha no palheiro: vídeos de câmeras de segurança, depoimentos contraditórios e até o histórico dos réus.

  • Motivação? Ainda nebulosa. Fala-se em briga por causa de mulher, dívida não paga... O típico caldeirão de bobagem que vira violência.
  • Flávio, que sempre foi o cara mais tranquilo da banda, passou por cirurgias e fisioterapia. Voltou aos palcos, mas com marcas — físicas e não só.
  • O júri deve rolar nos próximos 60 dias, segundo fontes do Tribunal de Justiça. E preparem-se: promete ser um daqueles julgamentos que lotam o fórum.

Enquanto isso, nos bastidores, o meio musical ferve. De um lado, colegas de profissão fazendo vaquinha para ajudar com despesas médicas. De outro, fãs que até hoje não superaram o susto — "Ele tocava 'Inútil' quando eu tinha 15 anos!" comentou uma seguidora nas redes, num misto de revolta e nostalgia.

E o que isso revela sobre a cidade?

O Rio não é só cartão-postal. Esse episódio escancara o que cariocas sabem, mas turistas ignoram: a linha entre um rolê descontraído e uma tragédia pode ser tão fina quanto a corda de um contrabaixo. Sem falar na morosidade da Justiça — o processo engatinhou por mais de um ano antes de chegar a esta etapa.

Psicólogos ouvidos pelo caso destacam outro aspecto perturbador: a banalização da violência. "Quando artistas que fazem parte do imaginário afetivo das pessoas são atingidos, cria-se um choque de realidade", analisa a Dra. Carla Mendes, especialista em traumas.

Enquanto o relógio da Justiça avança — devagar, quase parando —, Flávio segue compondo. Dizem que ele está trabalhando num álbum solo. Ironia ou terapia? Quem viver, verá.