
O tribunal de São Paulo não perdoou. Doze anos atrás das grades para um homem que, num acesso de fúria cega, tirou a vida de um adolescente de maneira brutal — tudo porque o garoto teria "mexido" com sua namorada. A cena parece saída de um filme policial, mas aconteceu de verdade nas ruas da capital paulista.
A vítima, um jovem de apenas 17 anos, não teve chance. Uma única facada no peito, desferida com força desmedida, bastou para que a discussão banal se transformasse em tragédia irreversível. O agressor, agora condenado, alega que agiu "em defesa da honra". Mas a Justiça, como era de se esperar, não comprou essa versão.
O dia que terminou em sangue
Era uma tarde como qualquer outra — até deixar de ser. Testemunhas contam que tudo começou com uma provocação boba, daquelas que normalmente terminam em xingamentos e cada um seguindo seu caminho. Mas não dessa vez.
O réu, cujo nome não foi divulgado (porque a lei protege até quem não merece), viu vermelho. Pegou uma faca que estava por perto — detalhe assustador: ele nem precisou sair correndo pra buscar uma arma — e partiu pra cima do adolescente como se estivesse cortando carne no açougue.
E agora?
Doze anos é muito ou pouco? Depende de quem pergunta. Para a família do garoto, é uma sentença que nunca vai devolver o que perderam. Para especialistas em direito penal, está dentro da média para crimes passionais — aqueles cometidos "no calor do momento", como se o calor justificasse tirar uma vida.
O juiz deixou claro na sentença: "Não há honra na violência". Palavas duras, mas necessárias numa sociedade que ainda romantiza crimes como esse. Enquanto isso, o condenado vai ter uma década e meia para pensar se valeu a pena — e a vítima, essa nunca mais vai pensar em nada.
Morreu por causa de uma discussão besta. Quantos casos iguais a esse ainda vão acontecer antes de aprendermos que violência nunca é resposta?