
Imagine a cena: uma loja de materiais de construção, aparentemente comum, escondia um segredo de família que durou incríveis dez anos. E o protagonista dessa trama? Nada mais, nada menos que o próprio filho do dono.
A coisa toda começou a desmoronar na última sexta-feira (12), quando a Polícia Civil do Amazonas prendeu em flagrante um homem de 32 anos. O crime? Furto. A vítima? Seu próprio pai. Sim, você leu direito.
O caso aconteceu em Manacapuru, cidade a cerca de 80 quilômetros de Manaus, e é daqueles que dão nó na cabeça de qualquer um. Durante uma década – uma década inteira! – o filho teria se aproveitado da confiança paterna para surrupiar produtos do estabelecimento da família.
O esquema metódico de uma década
Não era um furto qualquer, desses de oportunidade. Era um sistema. Segundo as investigações, o homem aproveitava seu livre acesso à loja para levar ferramentas, materiais elétricos e tudo mais que conseguisse vender rapidamente.
O prejuízo acumulado é assustador: mais de R$ 50 mil, segundo cálculos policiais. É dinheiro que sumiu literalmente de dentro de casa, ano após ano.
O delegado Ronaldo Mendonça, que coordena as investigações, não escondeu a estranheza diante do caso. "É realmente incomum", comentou, com aquele tom de quem já viu muita coisa, mas ainda se surpreende com os dramas familiares que chegam à delegacia.
A quebra da confiança familiar
O que leva alguém a fazer isso com a própria família? Essa pergunta ficou pairando no ar durante todo o depoimento. O pai, é claro, ficou devastado. Imagine descobrir que o próprio sangue vem minando seu sustento há tanto tempo.
O clima na delegacia era pesado, daqueles que dão nó no estômago. Pai e filho, lado a lado, mas separados por uma muralha de decepção e dinheiro sumido.
O filho, agora preso, vai responder pelo furto. A justiça dita seu rumo, mas a reconstrução dessa relação familiar? Ah, essa vai ser uma tarefa muito mais longa e complexa que qualquer processo judicial.
Casos como esse nos fazem pensar: até onde vai a confiança familiar? E quando ela é quebrada dessa forma tão metódica, tão prolongada... O que sobra?