
Não é todo dia que a comunidade internacional para pra olhar pro mesmo buraco negro de violência. Mas quando a coisa envolve quem tá lá justamente pra mostrar o que ninguém quer ver, aí o bicho pega de verdade.
A ONU — aquela galera que normalmente fica assistindo os desastres humanos de camarote — resolveu dar as caras com um pedido que não dá pra ignorar. Querem, e querem já, uma investigação minuciosa sobre as mortes de jornalistas em Gaza. E olha que não foram poucos: desde o início do conflito, mais de 120 profissionais da imprensa viraram estatística nesse vai-e-vem de bombas.
O que diabos tá rolando?
Parece até roteiro de filme ruim, mas é a realidade nua e crua: repórteres, cinegrafistas, fotógrafos — gente que só queria contar a história — estão indo pro buraco sem nenhuma explicação decente. A ONU não engoliu essa seção de "danos colaterais" e soltou o verbo: "Inaceitável". Palavra forte, mas será que vai sair do papel?
Ah, e tem mais: segundo fontes que acompanham o caso, muitos desses profissionais estavam claramente identificados como imprensa. Coletes à prova de balas, capacetes, até aquelas siglas gigantes de "TV" nas costas. Não adiantou nada. Fogo amigo? Má intenção? Ninguém sabe — e é exatamente isso que tão exigindo descobrir.
O jogo sujo da informação
Numa guerra onde cada frame vale ouro, matar quem segura a câmera é, no mínimo, suspeito pra caramba. Alguns analistas tão falando em "censura violenta", outros em "erros grotescos de identificação". Seja o que for, o fato é que o mundo tá perdendo os olhos e ouvidos que restavam nesse inferno terrestre.
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E enquanto isso, nas redes sociais, a guerra de narrativas continua firme e forte. Cada lado jura de pé junto que o outro é o vilão da história. Só que sem jornalistas independentes no meio do fogo cruzado, como separar fato de ficção? Pergunta que vale um Pulitzer — se é que alguém ainda vai estar vivo pra receber.
"Quando silenciam quem conta a história, a história vira lenda urbana" — soltou um diplomata anônimo, num raro momento de poesia burocrática. E não é que o cara tem razão?