O caso que parece saído de um roteiro de filme policial ganhou novos capítulos nesta semana. Um ex-sargento da Força Aérea Brasileira, que já estava detido, agora enfrenta uma nova prisão preventiva decretada pela Justiça Federal no Distrito Federal. E olha que a história não para por aí: o magistrado também determinou o pedido de extradição do acusado, que está na Espanha.
Tudo começou quando o militar reformado resolveu dar uma de 'mula' — só que no lugar de uma mala comum, usou um avião da FAB para transportar nada menos que 37 quilos de cocaína. O destino? Madri. A jogada, que parecia perfeita, acabou desmontada pelas autoridades espanholas em fevereiro deste ano.
Os detalhes que impressionam
Segundo as investigações, o ex-militar aproveitou um voo oficial para embarcar a droga — algo que, convenhamos, exige uma certa cara de pau. A carga foi descoberta durante uma fiscalização de rotina no aeroporto de destino, virando um verdadeiro quebra- cabeça internacional.
O juiz federal Vallisney de Souza Oliveira, responsável pelo caso, não ficou nada satisfeito com as manobras do acusado. Em sua decisão, foi categórico: "A conduta do investigado demonstra alto grau de periculosidade". E não é pra menos — estamos falando de um cara que usou a estrutura militar para fins ilícitos.
O que acontece agora?
- A Defensoria Pública já entrou com recurso contra a decisão
- O processo de extradição pode levar meses — ou até anos
- Enquanto isso, o ex-sargento continua detido na Espanha
Curiosamente, esse não é o primeiro caso do tipo. Só nos últimos anos, várias tentativas de usar aviões oficiais para contrabando foram desbaratadas. Mas 37 quilos? Isso é dose pra leão — ou melhor, pra traficante profissional.
Enquanto a papelada da extradição segue seu curso lento (como quase tudo na Justiça), uma pergunta fica no ar: como alguém com treinamento militar achou que sairia impune de uma jogada dessas? A resposta, provavelmente, está na ganância que costuma cegar até os mais preparados.
