
Era suposto ser mais um dia normal. Mas na guerra, normalidade é conceito que se esvai como fumo. E foi precisamente no inferno ucraniano que se apagou a vida de um brasileiro extraordinário — um daqueles tipos que raramente aparecem, do bom, do que faz a diferença.
Imaginem só: depois de enfrentar a pandemia aqui no Brasil, na linha de frente, aquele cara que não fugia à luta decidiu ir para outro front. A Ucrânia. Parece coisa de filme, mas é a pura verdade.
Quem Era Este Brasileiro?
Não vou aqui ficar citando nome — porque o importante mesmo é o legado. Mas era pai. Marido. Profissional de saúde. Três papéis que exigem coragem, e ele cumpriu cada um com uma dedicação que chega a doer só de pensar.
Durante a COVID, trabalhou até à exaustão. Sabem como era — aqueles dias intermináveis, o medo constante, a incerteza. Ele estava lá. Sem hesitar.
Da Pandemia Para a Guerra
E depois, quando a poeira da pandemia começou a baixar (será que baixou?), ele não parou. Partiu para a Ucrânia, para ajudar. Sim, ajudar. Porque há gente que não sabe viver sem servir os outros.
Não era militar. Não era mercenário. Era um humanista. Um daqueles que acreditam que um único gesto pode mudar o mundo — ou pelo menos, o mundo de alguém.
E agora? Agora o silêncio. A família aqui, no Brasil, a tentar entender o incompreensível. Como se diz a uma criança que o pai não volta? Como se explica que a guerra, essa coisa distante, que a gente vê na TV, levou alguém nosso?
O Luto e a Memória
A dor é imensa. Injusta. Mas a memória… ah, a memória fica. Fica a história de um homem que não virou as costas ao perigo. Que não escolheu o caminho fácil.
Nestes tempos tão cinzentos, tão cheios de egoísmo, a sua vida serve de farol. Lembra-nos que a coragem ainda existe. Que há gente boa por aí.
E por isso, hoje, fica o agradecimento. A homenagem. A promessa de não esquecer.
Descanse em paz, guerreiro anónimo. O Brasil — o mundo — fica mais pobre sem si.