Operação da PR flagra carga milionária sem nota fiscal em rodovia do interior de SP
PR apreende R$ 20 mi em produtos sem nota fiscal em SP

Era um dia comum nas estradas do interior paulista — até que não foi. Num daqueles flagrantes que parecem saídos de filme policial, a Polícia Rodoviária deu um verdadeiro cheque-mate em um esquema de transporte irregular que movimentava nada menos que R$ 20 milhões em mercadorias. Sem nota fiscal, é claro.

O cenário? A região de Bauru, onde os agentes — com aquele faro que só quem está na estrada há anos desenvolve — interceptaram dois caminhões carregados até a boca. E olha que não era carga qualquer: eletrônicos, eletrodomésticos e até peças automotivas de alto valor. Tudo viajando "no esquema", como dizem por aí.

Operação surpresa na madrugada

Por volta das 3h da madrugada, quando até os mais notívagos já estão dormindo, os policiais montaram aquela blitz estratégica na rodovia. "Desconfiamos pelo modo como os caminhões estavam sendo conduzidos", contou um dos agentes, que preferiu não se identificar. Detalhe curioso: os motoristas tentaram argumentar que "estava tudo em ordem", mas a falta da documentação básica entregou o jogo.

E não foi pouca coisa não. A lista de produtos apreendidos daria inveja a qualquer loja de departamentos:

  • Mais de 500 televisores de última geração
  • Centenas de smartphones top de linha
  • Dezenas de geladeiras e máquinas de lavar
  • Peças automotivas que, sozinhas, valiam milhares

O que diz a lei?

Pra quem não sabe, transportar mercadorias sem documentação fiscal é crime previsto no artigo 334 do Código Penal — e pode render de 1 a 4 anos de cadeia. Sem contar as multas, que nesse caso devem ser astronômicas. "É um golpe duplo", explica o delegado responsável. "Além de sonegar impostos, esse tipo de operação costuma estar ligada a outros crimes."

Os envolvidos — dois motoristas e um "empresário" que coordenava a operação — já estão respondendo pelo caso. Enquanto isso, a carga ficou apreendida e deve ser doada após os trâmites legais. Sim, você leu certo: doada. É que, por lei, produtos apreendidos nesse tipo de operação podem ser destinados a instituições sociais.

Morador de Bauru que passa frequentemente pela rodovia comemorou a ação: "Tá certo mesmo, porque quem paga imposto direito fica sempre no prejuízo". E não é que ele tem razão?