
Imagine encontrar a casa dos seus sonhos, fechar o negócio e, na hora de tomar posse, descobrir que ela já tinha dono — ou pior, que tinha sido leiloada pela justiça. Foi exatamente essa cilada que um jovem de 24 anos armou no Paraná, num golpe que rendeu a ele nada menos que R$ 200 mil.
O modus operandi era, vamos combinar, até criativo — mas totalmente criminoso. Ele escolhia imóveis que já estavam vendidos ou que haviam ido a leilão, maquiava a documentação e anunciava como se fossem dele. As vítimas, claro, não desconfiavam. Afinal, tudo parecia tão legítimo…
Como o golpe funcionava na prática
O esquema era simples, porém ardiloso. Ele usava dados reais de imóveis — endereço, tamanho, características — e forjava contratos, recibos e até laudos falsos. Às vezes, inventava histórias sobre heranças ou dívidas familiares para justificar um preço abaixo do mercado. Quem não cairia?
- Seleção de imóveis já vendidos ou leiloados
- Falsificação de documentação com aparência oficial
- Anúncios em plataformas online e grupos de Facebook
- Apresentação presencial, sempre com jeitinho convincente
E não parava por aí. Ele marcam encontros em cafés, mostrava fotos, dava detalhes — tudo para passar credibilidade. Uma verdadeira atuação de cinema, só que com vítimas reais e prejuízos que doíam no bolso.
A queda: como a polícia descobriu o esquema
Tudo começou a desmoronar quando uma das vítimas — depois de já ter pago uma parte — resolveu verificar a situação do imóvel no cartório. Deu ruim. A papelada não batia, e a tal casa nem era do suposto vendedor.
A partir daí, a investigação da Polícia Civil desvendou um emaranhado de transações falsas, contas fantasmas e pelo menos cinco vítimas confirmadas. O prejuízo? Estimado em mais de R$ 200 mil.
E olha só: o golpista nem era um expert do mercado imobiliário. Era um jovem que, segundo delegados, agia sozinho e se aproveitava da falta de verificação das plataformas online. Um Zé ruela com talento para a lábia — e para o crime.
O que fazer para não cair num golpe assim?
Parece óbvio, mas muita gente ainda pula etapas na hora de comprar um imóvel. Verifique sempre a situação no cartório, exija documentação original e desconfie de preços muito abaixo do mercado. Desculpinha emocional? Red flag total.
E se algo parecer bom demais para ser verdade… bom, provavelmente não é.
O jovem, preso em flagrante, agora responde por estelionato e falsificação de documentos. E as vítimas? Além do prejuízo financeiro, ficam com aquela sensação de que o mundo tá cheio de gente esperta — no pior sentido possível.